quinta-feira, janeiro 16, 2025
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2024 foi o ano mais difícil para os NFTs desde 2020

O mercado de tokens não fungíveis (NFTs) recuou drasticamente em 2024. Um relatório da DappRadar revelou o pior ano em volume de negociações e vendas desde 2020. Mesmo com o mercado cripto revitalizado, os NFTs enfrentaram grandes desafios.

O “Relatório da Indústria de Dapps 2024”, divulgado em 14 de janeiro, revelou uma queda de 19% no volume de negociações, totalizando US$ 13,7 bilhões. As vendas também diminuíram 18%, ficando abaixo de 50 milhões. Isso faz de 2024 um dos anos mais difíceis para os NFTs desde 2020.

Bitcoin impulsiona o mercado cripto, mas não adianta muito

Os NFTs enfrentaram grande volatilidade em 2024. No primeiro trimestre, os volumes de negociação subiram 4%, atingindo US$ 5,3 bilhões. Contudo, no terceiro trimestre, o volume caiu para US$ 1,5 bilhão, recuperando-se parcialmente no quarto trimestre com US$ 2,6 bilhões.

O número de vendas foi menor que o de 2023, mas os NFTs ficaram mais caros. Isso reflete o aumento nos preços de tokens como o Ether (ETH), o que elevou o custo médio das coleções.

Mas, embora o Bitcoin tenha valorizado 125% em 2024, os NFTs não acompanharam esse movimento. Apesar dos sinais de revitalização do mercado cripto, os NFTs seguiram uma trajetória descendente.

Em contrapartida, 2022 foi o melhor ano para os NFTs. Naquela época, os tokens atingiram o mainstream, com volumes de negociação de US$ 57,2 bilhões e 121,7 milhões de vendas.

Jogos dominam o cenário das NFTs

O segmento de jogos se destacou em 2024, liderando as vendas de NFTs por coleções. O jogo de cartas “Gods Unchained”, da Epic Games, liderou com US$ 152 milhões em vendas. Contudo, houve uma queda de 27% no volume e 18% no número de vendas comparado a 2023.

A coleção Pudgy Penguins foi um dos poucos destaques positivos. O volume de negociações cresceu mais de 140%, chegando a US$ 786 milhões, enquanto o preço base subiu 114%. Apesar de uma queda de 44% nas vendas, a coleção manteve relevância no mercado.

Parte do sucesso veio de iniciativas no mundo real, como brinquedos de pelúcia vendidos em grandes redes como Walmart e Selfridges. Além disso, lançaram um jogo mobile e firmaram parcerias esportivas. Segundo a DappRadar, “os NFTs com utilidade no mundo real continuam a ter bom desempenho.”

O relatório conclui que 2024 trouxe uma lição importante: “os NFTs não precisam ser caros para mostrar sua relevância no ecossistema Web3.” Isso destaca que projetos com aplicações práticas têm mais chances de sucesso, mesmo em mercados desafiadores. Essa ideia reforça a importância de soluções concretas e eficientes.

Em resumo, o mercado de NFTs, com essas reflexões, avança para 2025 em busca de superar dificuldades e explorar novas oportunidades no mundo digital. A trajetória visa adaptação e inovação constantes.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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