segunda-feira, novembro 25, 2024
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Nigéria retira acusações contra executivos da Binance

Os executivos da Binance, Tigran Gambaryan e Nadeem Anjarwalla, se livraram das acusações de evasão fiscal determinadas pelo governo nigeriano. As autoridades concluíram que somente a exchange de criptomoedas é a única ré do caso. Tudo começou quando a Receita Federal nigeriana (FIRS) acusou a Binance e dois de seus executivos de evasão fiscal. Para piorar a situação, uma semana depois Comissão de Crimes Econômicos Financeiros (EFCC) fez a mesma acusação e os executivos acabaram presos enquanto o processo seguia.

Alívio para os executivos da Binance, mas ainda não acabou

Em maio, a Nigéria convidou os executivos para visitar o país antes de prender Gambaryan, o que a Binance classificou como um “precedente perigoso”. Um mês depois, o FIRS revisou as acusações, deixando a Binance como a única ré no caso de evasão fiscal, representada por seu representante local. No entanto, Gambaryan e Anjarwalla ainda enfrentam acusações de lavagem de dinheiro pela EFCC.

Um porta-voz da Binance declarou: “Estamos aliviados que o FIRS tenha notificado e apresentado acusações alteradas hoje. Tigran não é um tomador de decisões na exchange e não precisa ser detido para que a Binance resolva problemas com o governo nigeriano. Portanto, aguardamos a decisão do tribunal sobre isso, isentando Tigran completamente deste assunto”.

Gambaryan, cidadão americano, ingressou na Binance em 2021 e atualmente é chefe de conformidade com crimes financeiros. Anjarwalla, gerente regional da exchange Africa, fugiu após escapar da prisão em Abuja. 

Um tribunal nigeriano negou a fiança de Gambaryan, alegando risco de fuga. Então, como resultado, ele permanece preso na prisão de Kuje, perto da capital, aguardando a próxima audiência marcada para 19 de junho.

Richard Teng, CEO da Binance, afirmou que Gambaryan está detido em uma “prisão perigosa para controlar a exchange”, chamando-o de “funcionário inocente de nível médio”. Gambaryan processou o governo nigeriano por violação de direitos humanos fundamentais. 

Funcionário preso estaria com malária

Um porta-voz da Binance disse: “Para que Tigran possa voltar para casa, para sua família, temos esperança de que o EFCC tome medidas semelhantes. Mas Tigran foi detido por 110 dias e sua saúde física está se deteriorando, incluindo um diagnóstico recente de malária e pneumonia.”

Assim, Teng acusou as autoridades nigerianas de solicitar um suborno de US$ 150 milhões antes que as acusações fossem formalizadas. Então, em resposta, o Ministério da Informação da Nigéria acusou a Binance de tentar minar os procedimentos legais, afirmando que as alegações “carecem de qualquer substância”.

De qualquer forma, este parece ser apenas o começo de uma série de problemas jurídicos envolvendo a Binance. Em abril, Changpeng Zhao foi condenado a quatro meses de prisão nos EUA por violações de lavagem de dinheiro. 

Além disso, a Binance foi banida dos EUA e CZ concordou em pagar uma multa de US$ 50 milhões e ficar fora das operações da exchange por, pelo menos, três anos.

Em resumo, esses são alguns episódios que a Binance enfrenta globalmente. Portanto temos que esperar os desdobramentos das repercussões desses casos para saber como vai ser o futuro da exchange no mercado internacional. 

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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