domingo, novembro 24, 2024
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Javier Milei propõe livre concorrência cambial na Argentina

Em uma sessão de respostas a seguidores na plataforma X (antigo Twitter), o presidente da Argentina, Javier Milei, fez uma declaração impactante que repercutiu na economia global. Uma das suas respostas, Javier Milei reafirmou seu compromisso com uma economia aberta e flexível. Ou seja, ele sinalizou a intenção do governo de adotar uma política de livre concorrência cambial, permitindo a coexistência de várias moedas, incluindo o Bitcoin.

Javier Milei e a Economia Liberal

O usuário Franco Amati levantou uma preocupação crucial: “Olá Javier! Observe isto, não podemos usar Bitcoin como moeda se os regulamentos nos pedirem para calcular ganhos de capital em cada transação”. Amati destacou as implicações fiscais do uso de criptomoedas, que podem complicar o cálculo de ganhos e perdas a cada transação.

Outro usuário sugeriu a necessidade de considerar outras criptomoedas e stablecoins no marco regulatório argentino: “Esta é a chave, Javier! E o mesmo se aplica ao Ethereum e stablecoins como o USDT.”

As declarações de Milei chegam em um momento decisivo para as criptomoedas no mundo. Enquanto países de economias estáveis do norte global implementam regulamentações mais rígidas, Milei parece seguir na direção oposta. 

Então, desde o início do mandato de Javier Milei, a inflação acumulada atingiu 115%. Mesmo assim, as políticas monetárias argentinas pouco mudaram nos primeiros seis meses.

Uma das promessas de Milei era acabar com os “cepos” de dólar, vigentes desde governos anteriores. Atualmente, a Argentina possui mais de 10 preços diferentes para a moeda e diversas restrições e impostos para seu uso no mercado oficial. 

Embora essa realidade permaneça, Milei continua prometendo abrir o mercado para negociação livre, como ocorre com o dólar blue, negociado no mercado paralelo.

Mas, apesar da desregulação de alguns setores, como o mercado imobiliário, as moedas alternativas têm se tornado cada vez mais presentes no dia a dia dos argentinos. Desde dezembro de 2023, não é incomum ver contratos firmados em Bitcoin, stablecoins ou dólar, sempre na cotação do dólar paralelo. 

Além disso, desde 2019, é possível receber salário e pagamentos por serviços prestados legalmente em criptomoedas. No entanto, a Argentina ainda não possui uma regulamentação específica para criptomoedas.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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