quinta-feira, setembro 19, 2024
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Investimento de Neymar com NFTs desvaloriza 90%

O mercado de NFTs enfrenta um declínio acentuado e perdas de milhões de dólares para os investidores. O fenômeno NFT, que causou uma verdadeira mania no mercado digital em 2022, está atualmente em declínio significativo. 

Caso de Neymar e sua coleção de NFTs

Atraindo investidores, colecionadores e celebridades como o jogador de futebol Neymar Jr., os tokens fiduciários prometem ser uma nova fronteira lucrativa. No entanto, muitos enfrentam agora enormes perdas. Em 2024, o mercado, que já movimentou bilhões, viu uma queda significativa nas transações e na avaliação de ativos.

Neymar, um dos grandes entusiastas do mercado, gastou mais de R$ 6 milhões em três NFTs da coleção Bored Ape Yacht Club. Esses macacos coloridos, no entanto, não renderam o esperado.

Assim, apenas dois anos após a compra, o valor do ativo de Neymar despencou 93%, sendo avaliado em menos de R$ 500 mil. O NFT mais caro custou 190 Ethereum.

Essa criptomoeda, no momento da compra, correspondia a mais de R$ 3 milhões. Hoje, o mesmo NFT vale apenas 17,9 Ethereum, ou cerca de R$ 248 mil. A desvalorização também afetou outros itens do acervo, como o NFT #6633, que foi comprado por R$ 2,5 milhões e hoje tem ofertas a apenas R$ 159.000.

A crise nesse mercado

Ainda no acervo de Neymar, a ficha nº 10.953, comprada por R$ 768 mil, hoje vale cerca de R$ 33 mil. Esses números refletem o declínio drástico de um mercado que, no seu auge, parecia ser um dos novos motores do investimento digital.

Mas o que seriam NFTs? NFTs, ou tokens não fungíveis, são ativos digitais que usam blockchain para garantir a propriedade de itens exclusivos, como arte digital. Diferente das criptomoedas, NFTs são únicos e indivisíveis. 

Ao contrário das criptomoedas, que são fungíveis e podem ser trocadas sem perder valor, cada NFT é único e indivisível, representando um item digital exclusivo. 

Ascensão e queda dos NFTs

O conceito, que explodiu em popularidade em 2021, criou uma espécie de bolha especulativa. Investidores e celebridades aumentaram o valor dos itens à medida que a procura crescia. Coleções como Bored Ape Yacht Club e leilões de arte digital estão entre os principais impulsionadores desse crescimento.

De acordo com os dados da CryptoSlam, o mercado de NFTs enfrenta um declínio acentuado. Em março de 2024, as vendas chegaram a US$ 1,6 bilhão, caindo para US$ 374 milhões em agosto. Essa queda representa uma diminuição de 76%.

Essa retirada reflete o fim do ciclo especulativo que inicialmente fez os preços subir. A diminuição significativa do interesse de investidores e colecionadores é evidente. A expectativa de retorno financeiro, que motivou muitos a entrar no mercado, não se concretiza para a maioria dos investidores.

NFTs sob o olhar atento da SEC

O setor de NFTs enfrenta não só a queda no valor de mercado, mas também crescente pressão regulatória. Em agosto de 2024, a OpenSea foi notificada pela SEC (Comissão de Valores Mobiliários) dos EUA.

A SEC considera os tokens digitais como “valores mobiliários não registrados”. Essa classificação coloca o mercado de NFTs em risco de ações legais e regulamentações mais severas. Isso afeta ainda mais a estabilidade do setor.

Assim, o mercado, que antes era promissor para colecionadores e investidores, agora vive um momento de incerteza. A desvalorização acentuada junto à fiscalização crescente das autoridades gera preocupação generalizada.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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