Na última quarta-feira (16), ocorreu o lançamento global da Fuel Ignition, uma nova camada 2 para a rede Ethereum. Este projeto da Fuel Labs visa combater a crescente centralização que vem afetando os ecossistemas de blockchain. Com uma arquitetura de alto desempenho, a nova mainnet é desenvolvida para operar em hardwares acessíveis, facilitando a inclusão no mercado.
Contribuição brasileira para o ecossistema global
Idealizadores da Fuel Ignition são a Fuel Labs, que criou a primeira rollup optimistic de estágio 2 para a Ethereum, e a Infinity Base, uma software house brasileira localizada em Florianópolis.
João Bolsoni, CEO da Infinity Base, destaca a relevância do Brasil nesse universo tecnológico. “A Fuel é o que há de mais avançado na rede Ethereum hoje, e somos a prova de que o Brasil é um terreno fértil para a alta tecnologia.” – afirma Bolsoni.
Bolsoni é enfático ao falar da importância de valorizar a qualidade a longo prazo. Segundo ele, “a qualidade da tecnologia é mais importante do que usar o hype do momento para fazer dinheiro com mais um projeto passageiro”. O CEO acredita que a Fuel Ignition gera um impacto positivo, buscando sempre um elevado padrão tecnológico nas soluções que desenvolve.
Assim, com recursos de transação paralela, a arquitetura da Fuel proporciona mais de 21 mil transações por segundo (TPS) por núcleo, oferecendo uma experiência mais rápida e eficiente para os usuários. Atingindo um número real de 600 TPS com a segurança proporcionada pela Ethereum DA (Data Availability), a Fuel se posiciona como um novo hub para aplicações DeFi compatíveis com EVM.
Vantagens da Fuel Labs
Para ilustrar o poder transacional da Fuel, é importante destacar que a Visa, uma das principais operadoras de pagamentos do mundo, processa 24 mil TPS. Em um cenário prático, isso significa que a Fuel Ignition pode competir diretamente com sistemas de pagamento globais, algo que a Ethereum, devido à sua lentidão, ainda não consegue implementar. “A Fuel abre caminho ao combinar escalabilidade com a segurança da Ethereum”, explica Fabio Sevá, Head de Marketing da Infinity Base.
Os desenvolvedores da Fuel projetaram a arquitetura para ser uma rede de alto desempenho. Ou seja, o novo modelo de máquina virtual, FuelVM, e a abordagem voltada para ativos com base em Unspent Transaction Output (UTXO) garantem um funcionamento poderoso e eficiente.
Por isso, estar posicionado na Fuel proporciona uma base sólida para a Infinity Base, permitindo a inovação em produtos financeiros digitais. A empresa assegura que a Fuel foi projetada para operar em hardware de baixo custo, tudo isso com a segurança aprimorada da Ethereum.
“Nosso objetivo é retornar aos valores fundamentais do ecossistema Ethereum. Portanto, queremos oferecer transações escaláveis com requisitos de hardware baixos.” – menciona Nick Dodson, CEO e cofundador da Fuel Labs.
A Fuel Ignition tem mais de 8 mil nós descentralizados em todo o mundo. Assim, ela garante máxima segurança e fontes de liquidez, que somam mais de US$ 290 bilhões. Essa estrutura robusta proporciona uma base forte para que os usuários possam operar com confiança dentro do ecossistema.