segunda-feira, novembro 25, 2024
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Rússia avança na mineração de Bitcoin com apoio dos BRICS

A Rússia anunciou recentemente um plano estratégico para mudar o cenário da mineração de Bitcoin. O país pretende construir pools de mineração de Bitcoin nas nações do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A iniciativa foi divulgada durante o Fórum Empresarial do grupo, focado em fortalecer as economias emergentes.

BRICS e sua nova estratégia econômica

O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) lidera a ação em parceria com a BitRiver, maior empresa de mineração de criptomoedas da Rússia. O projeto não visa apenas a mineração, mas também consolidar a posição da Rússia no mercado global de criptomoedas. 

Além disso, a proposta inclui a integração de tecnologias de inteligência artificial (IA) nos processos de mineração. Essa medida serviria para aumentar a eficiência e a competitividade do país nesse setor.

Igor Runets, CEO da BitRiver, ressaltou o potencial transformador dessa colaboração. De acordo com ele, a parceria com o RDIF irá focar:

  • na mineração de Bitcoin 
  • na construção de centros de dados que consomem muita energia

Essa estratégia é parte de um esforço mais amplo do bloco BRICS para ampliar a cooperação econômica e política entre seus membros.

O BRICS busca alternativas ao domínio do dólar nas transações internacionais, priorizando a desdolarização para ganhar autonomia diante das oscilações do sistema financeiro global. Nesse contexto, a mineração de Bitcoin surge como uma estratégia essencial.

10 novas instalações de mineração de Bitcoin

A natureza descentralizada da mineração de Bitcoin oferece uma oportunidade para os países que compõem os BRICS. Pois nessa nova abordagem os países têm a alternativa de manterem seus negócios sem enfrentar as pressões externas. 

Mas, embora o setor ainda seja considerado novo por alguns, a resistência do Bitcoin pode se transformar em uma ferramenta estratégica no longo prazo.

Então, o Fundo Russo de Investimento Direto, criado em 2011, que serve para atrair capital estrangeiro, tem se mostrado um componente relevante nessa transição. Pois, com investimentos em mais de 100 projetos, o fundo evidencia a importância do capital externo na economia russa. 

Assim, a parceria com a BitRiver, que opera 21 centros de dados na Rússia e está expandindo com mais 10 novas instalações. Todas elas voltadas para computação intensiva, reforça a aposta da Rússia na inovação tecnológica e na mineração de criptomoedas.

Portanto, a iniciativa russa, fortalece sua posição no mercado de criptomoedas. Além disso, representa um passo importante na busca por maior independência econômica e política no cenário internacional.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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