sábado, novembro 23, 2024
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Butão transfere US$ 66 milhões em Bitcoin para a Binance

O governo do Butão decidiu movimentar suas reservas de Bitcoin em um momento crucial, com a criptomoeda passando de US$ 70.000. A carteira oficial transferiu mais de US$ 66 milhões da criptomoeda para a Binance, a maior exchange global. Essa ação sugere que o país tem planos de vender parte de suas reservas. 

Butão possui reservas significativas 

De acordo com dados da Arkham Intelligence, as transações ocorreram em 29 de outubro e somaram exatamente US$ 66,5 milhões. Essa venda surge logo após o Bitcoin atingir seu preço mais alto desde 10 de junho. 

Assim, a ultrapassagem de marcos importantes, como os US$ 70.000, costuma gerar grande volatilidade no mercado. Portanto, especialistas indicam que grandes detentores, conhecidos como “baleias”, podem realizar lucros, resultando em impactos diretos no preço da criptomoeda.

Mas Butão ainda detém cerca de US$ 886 milhões em Bitcoin. Esse total significativo pode gerar pressão adicional no mercado, visto que a carteira do governo acumula a criptomoeda há mais de cinco anos. 

Dessa forma, a mineração de Bitcoin se mostrou um investimento leviano que ajudou a financiar um aumento salarial de 50% para os servidores públicos do Butão. 

Em 2023, as reservas de Bitcoin do Butão alcançaram 26,9% do PIB, estimado em US$ 2,9 bilhões, conforme o Banco Mundial. Esse impacto ressalta o peso das criptomoedas em economias emergentes. 

O Butão, comparado a El Salvador, exibe um cenário mais sólido em Bitcoin. Até setembro, possuía o dobro das reservas salvadorenhas, que geraram apenas US$ 31 milhões em lucro.

Fatores macroeconômicos e a alta do Bitcoin

A recente alta do preço do Bitcoin é convincente e está ancorada em fatores macroeconômicos relevantes. Analistas veem um impulso potencial com o plano da China de levantar US$ 1,4 trilhão em nova dívida. Arthur Hayes, cofundador da BitMEX, considera essa uma “grande oportunidade de compra” para da criptomoeda. 

Além disso, analistas da Bitfinex sugerem que esse estímulo econômico pode ser um fator determinante para a demanda crescente pelo Bitcoin. De acordo com eles, “historicamente, grandes infusões de liquidez podem impulsionar ativos de risco”. 

Durante o estímulo econômico dos EUA por causa da pandemia de COVID-19, o preço do Bitcoin disparou mais de 400% entre março de 2020 e início de 2021.

Esses fatores combinados sinalizam um cenário promissor, tanto para o Butão quanto para o ecossistema de criptomoedas em geral. Com a movimentação do governo bhutanes, abre-se espaço para uma nova fase de crescimento e volatividade no mercado de Bitcoin.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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