sexta-feira, novembro 22, 2024
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PF desarticula grupo que movimentou R$ 1,6 bilhão em golpes de bets e criptomoedas

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta última quarta-feira (30), a Operação Backyard, que desarticulou uma organização criminosa envolvida em movimentações clandestinas. O grupo é acusado de movimentar cerca de R$ 1,6 bilhão em apostas ilegais e fraudes com criptomoedas.

Impacto nas exchanges e instituições financeiras

Criminosos transferiam milhões ao exterior em criptoativos para ocultar recursos e financiar atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas. A operação da PF realizou buscas em nove locais, em cidades catarinenses e em Olinda, Pernambuco. A Justiça Federal de Itajaí bloqueou até R$ 70 milhões em bens dos suspeitos.

O bloqueio afetou não apenas bens das pessoas envolvidas, mas também atingiu valores em exchanges de criptomoedas e instituições de pagamento. Essa ação busca conter os recursos que a quadrilha usaria em suas operações. A investigação mostrou que a organização criminosa tinha uma estrutura sólida, com empresas no litoral catarinense, Balneário Camboriú, focadas em serviços de tecnologia e pagamentos online.

Essas empresas operavam como fachadas, atendendo clientes que faziam apostas esportivas sem licença e praticavam fraudes digitais. O esquema envolvia a transferência significativa de valores para o exterior, caracterizando o crime de evasão de divisas. A PF constatou que a quadrilha usava parte dos recursos obtidos para lavar dinheiro, beneficiando agentes públicos e associados ao tráfico de drogas.

Criptomoedas era a base do esquema

Nos últimos meses, a organização expandiu suas operações para a América Latina e Portugal. O inquérito apontou que a quadrilha usa holdings e empresas de fachada para proteger o patrimônio ilegalmente obtido, disfarçando-o de atividades legítimas.

O uso de criptomoedas é essencial no esquema, permitindo movimentação de grandes valores sem supervisão. Assim, a Polícia Federal investiga o impacto em vários setores e amplia a cooperação com agências internacionais para rastrear ativos no exterior.

Portanto, a Operação Backyard destaca a urgência de uma supervisão rigorosa no uso de criptomoedas. Pois é preciso dificultar a atuação de organizações criminosas que usam essa tecnologia para esconder ações ilícitas.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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