quinta-feira, dezembro 12, 2024
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Mineração de Bitcoin no espaço: um futuro possível?

A mineração de Bitcoin no espaço pode parecer algo futurista, mas, para o cientista canadense Peter Todd, é uma possibilidade real. Ele acredita que, com a evolução da tecnologia e a queda nos custos de lançamento, minerar criptomoedas fora da Terra é viável.

Então, ele detalhou essa visão em um post recente, explicando que a tecnologia atual já permite explorar essa ideia. Segundo ele, basta equilibrar os custos e os lucros para transformar essa ambição em realidade.  

Por que fazer mineração de Bitcoin no espaço?

A mineração de Bitcoin espacial tem sido um tema recorrente entre os entusiastas de criptomoedas. Os defensores desse conceito destacam dois pontos principais:  

  • Energia solar ilimitada. No espaço, seria possível aproveitar a energia do sol sem interrupções.  
  • Sustentabilidade ambiental. Operações no espaço eliminariam as emissões de carbono, um grande problema da mineração terrestre.  

Por outro lado, críticos levantam preocupações sobre a centralização. Os custos elevados de construção e operação poderiam limitar essa tecnologia a um pequeno grupo de empresas ou governos.  

Entre os desafios frequentemente mencionados, estão o resfriamento dos equipamentos e a latência nas comunicações. Todd, porém, refuta esses argumentos.  

Ele explica que o espaço não é tão “quente” quanto muitos pensam e que o resfriamento radiativo — dissipada por radiação térmica — seria uma solução viável. Sobre a latência, ele afirma que, com uma boa posição orbital, esse atraso seria insignificante.  

“Não há nada fundamentalmente impedindo que a mineração no espaço seja possível”, afirma Todd. No entanto, ele ressalta que ainda há barreiras econômicas a superar, principalmente os custos de lançamento.  

O papel do Elon Musk nessa visão futurista

A redução dos custos de lançamento pode ser o divisor de águas para viabilizar a mineração espacial. Nesse ponto, Elon Musk e a SpaceX têm papel crucial.  

O foguete Starship, o mais potente já lançado, quebrou recordes com 17 milhões de libras de empuxo. Elon Musk planeja aumentar a capacidade de carga e reduzir os custos de lançamento.

Se essa meta for alcançada, as mesmas espaçonaves que podem levar humanos a Marte também podem transportar instalações de mineração de criptomoedas.  

Embora a tecnologia e as ideias existam, Todd acredita que a mineração espacial ainda está distante. “Os custos de lançamento precisam ser reduzidos”, diz ele. Apenas quando esses custos se equilibrarem com os lucros potenciais, o sonho de minerar Bitcoin no espaço poderá se concretizar.  

O futuro da mineração espacial depende de inovações tecnológicas e da redução de custos, mas o debate já está aberto. Será que um dia veremos Bitcoin sendo minerado fora do nosso planeta?

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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