quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Exchange Gemini escolhe Malta como centro regulatório

A Gemini, exchange de criptomoedas criada pelos gêmeos Winklevoss, está investindo na conformidade com as regulamentações europeias. Mas, para isso, estabeleceu um centro dedicado em Malta.

Por que a Gemini escolheu Malta?

A escolha de Malta está relacionada ao Regulamento de Mercados em Criptoativos (MiCA), que estabelece regras claras para o setor na União Europeia. O Cointelegraph divulgou o anúncio em 20 de janeiro. Isso ocorreu logo após a Gemini receber sua sexta licença europeia como Provedor de Serviços de Ativos Virtuais (VASP) pela Autoridade de Serviços Financeiros de Malta (MFSA) em dezembro de 2024.

Segundo a Gemini, Malta oferece um ambiente propício para inovação em fintech e criptomoedas. O país tem uma abordagem proativa, que favorece o desenvolvimento de empresas do setor.

Hoje, a Gemini detém licenças VASP em seis países da União Europeia: Malta, França, Irlanda, Espanha, Itália e Grécia. Em novembro de 2024, a empresa lançou seus serviços de criptoativos na França, utilizando sua licença local.

Licença MiCA ainda em processo

Embora já esteja se preparando para o MiCA, a Gemini ainda não possui uma licença específica para o regulamento. Mark Jennings, chefe da Gemini na Europa, explicou que existem dois caminhos para obtê-la: solicitar uma nova licença ou fazer a transição de uma licença VASP existente.

A conformidade com o MiCA exige infraestrutura robusta e processos padronizados. Jennings destacou que o regulamento permite à empresa criar soluções escaláveis que atendam toda a Europa. “Não vejo isso como um desafio, mas como uma oportunidade”, afirmou.

MiCA: mais clareza, mas com desafios

Um dos principais pontos para a conformidade com o MiCA é a custódia de criptoativos. A construção de uma infraestrutura localmente compatível exige recursos significativos.

“Nosso maior desafio foi alocar recursos para construir a infraestrutura necessária”, disse Jennings. Ele também destacou a importância de unificar os processos de integração de clientes, antes fragmentados por país.

O MiCA traz transparência e resiliência ao setor de cripto na Europa. Para Jennings, isso aumenta a confiança de clientes que buscavam segurança regulatória.

No entanto, ainda há incertezas, principalmente sobre o tratamento de stablecoins. Por exemplo, o USDC, da Circle, recebeu aprovação do MiCA. Em contrapartida, o Tether (USDT) enfrentou críticas e pode ser deslistado na União Europeia como um stablecoin não compatível.

Com sua expansão na Europa, a Gemini aposta em regulamentações claras para consolidar sua presença. Malta surge como um centro estratégico nesse cenário, enquanto a busca pela licença MiCA segue como prioridade.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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