segunda-feira, novembro 10, 2025
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Primeiro dia de Satsconf destaca o futuro do Bitcoin como padrão global e a revolução cultural em torno da tecnologia

Na última sexta-feira (07), o primeiro dia da Satsconf, maior evento 100% focado em Bitcoin da América Latina, reuniu alguns dos principais nomes do ecossistema Bitcoin para discutir desde os fundamentos econômicos e políticos da criptomoeda até seu papel como ferramenta de transformação cultural, social e energética.

Adoção global e novos paradigmas

No painel “Bitcoin pode se tornar um Padrão Mundial? Um Olhar Crítico Sobre o Futuro da
Adoção do Bitcoin”, Fernando Ulrich e Rapha Zagury destacaram que a adoção depende
da educação financeira e da prática cotidiana, apontando que governos já começam a
armazenar Bitcoin como reserva estratégica. Ulrich o definiu como um “ouro mais
acessível”, enquanto Zagury comparou o ativo à Netflix em contraste com o VHS do
ouro. O caso de El Salvador foi citado como exemplo de abertura regulatória, embora a
adoção forçada tenha sido criticada.

Em “Pintando a Pílula Laranja: Arte e Bitcoin como Revoluções Culturais”, Marcio Scocco
mostrou como a arte comunica os valores de liberdade e soberania do Bitcoin, aproximando o tema de novos públicos. Já em “The Gold-First Theory: Um Reset Controlado Antes do Padrão Bitcoin”, Bernardo Braga abordou o cenário geopolítico e o acúmulo de ouro por grandes potências como possível prelúdio ao padrão Bitcoin.

Tecnologia, política e energia em convergência

O painel “Paper Bitcoin: As Tensões entre os Ideais do Bitcoin e a Adoção Institucional”, com Stephan Livera, Mason Foard e Sam Callahan, discutiu os desafios da institucionalização e a escassez de novos desenvolvedores, destacando que a consolidação do Bitcoin deve equilibrar praticidade e preservação de valor. Em “Bitcoin e Política: Devemos Entrar na Arena?”, Fernando Henriques, Guilherme Bandeira e Felipe Américo defenderam o engajamento político da comunidade para enfrentar ameaças regulatórias e preservar a privacidade dos usuários.

Encerrando o dia, Caio Leta apresentou “Energia Ociosa e o Futuro da Mineração de Bitcoin”, mostrando como a atividade pode transformar desperdício energético em valor
econômico e inclusão social. Bruno Vaccotti, com o projeto CodePRO, demonstrou o potencial da mineração sustentável para financiar educação tecnológica no Paraguai.

O primeiro dia da Satsconf evidenciou que o Bitcoin transcende o aspecto financeiro, consolidando-se como movimento econômico, cultural e energético. As palestras reforçaram que o futuro da criptomoeda dependerá de educação, regulação equilibrada e adoção prática, sustentadas por uma comunidade global comprometida com liberdade, inovação e propósito.

Pedro Fonseca
Pedro Fonseca
Jornalista formado pela UNESP-Bauru (2016-2019), com MBA em Negócios Digitais pela USP Esalq (2022-2024). Possui experiência como assessor de comunicação, assessor de imprensa, redator e locutor. Já atuou em iniciativa social e em agência de comunicação, lidando com empresas e personas das áreas de saúde, autodesenvolvimento, tecnologia, empreendedorismo, entre outras.
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