quarta-feira, dezembro 11, 2024
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Acionistas da Microsoft dizem “não” para investir em Bitcoin

Durante a reunião anual da Microsoft na última terça-feira (10), os acionistas votaram contra a ideia de adicionar Bitcoin ao balanço patrimonial da empresa. A proposta havia sido apresentada pelo National Center for Public Policy Research (NCPPR), um grupo defensor do mercado livre.

O NCPPR sugeriu que investir em Bitcoin seria uma forma de diversificar os lucros e gerar valor aos acionistas. Apesar disso, a ideia não convenceu a maioria.

O argumento do NCPPR para o Bitcoin

O grupo preparou um vídeo detalhado para apresentar a proposta aos acionistas. A mensagem central era clara: “A Microsoft não pode se dar ao luxo de perder a próxima onda tecnológica, e o Bitcoin é essa onda.” 

O material incluía gráficos e números que destacavam o potencial do Bitcoin. Segundo o NCPPR, investir na criptomoeda poderia gerar trilhões em valor e reduzir riscos para os acionistas. Além disso, mencionaram que grandes players, como a BlackRock, já estão envolvidos no mercado de Bitcoin.

Uma proposta cautelosa, mas ousada

O NCPPR reconheceu a volatilidade do Bitcoin. Por isso, sugeriu um investimento moderado, entre 1% e 5% dos lucros da Microsoft. A ideia era realizar uma avaliação para entender se essa diversificação seria benéfica no longo prazo.

Por outro lado, o conselho da Microsoft considerou a proposta desnecessária. Em registro oficial à SEC, destacaram que a empresa já avalia cuidadosamente oportunidades de investimento. Também apontaram a volatilidade do Bitcoin como um problema para aplicações financeiras que exigem estabilidade.

FOMO ou estratégia inteligente da Microsoft?

O NCPPR baseou boa parte de sua argumentação no “medo de perder” (FOMO – Fear Of Missing Out). Citaram empresas como a MicroStrategy e a BlackRock para justificar o interesse em Bitcoin. Contudo, o conselho da Microsoft discordou, afirmando que seus processos de gestão já são robustos e eficientes.

Por fim, os acionistas decidiram acompanhar a orientação do conselho e rejeitaram a proposta. A Microsoft continuará adotando uma abordagem mais conservadora em relação às criptomoedas.

O que isso significa para o mercado de criptomoedas?

A Microsoft mostra cautela ao rejeitar o Bitcoin, refletindo o cuidado de grandes empresas com a volatilidade da criptomoeda, mesmo diante do crescimento do mercado.

Embora não tenha sido aprovada, a proposta do NCPPR reforça a crescente relevância do Bitcoin no cenário econômico global. Isso levanta uma questão importante: será que mais empresas cederão ao apelo das criptomoedas no futuro?

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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