quinta-feira, novembro 21, 2024
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América Latina tem 12% a mais de usuários de criptomoedas que em 2023

Em agosto de 2024, a Lemon divulgou um relatório detalhando a atividade com criptomoedas na Argentina. A empresa revelou que 4 em cada 10 novos usuários de aplicativos cripto na América Latina vêm da Argentina. Isso destaca a crescente adoção de cripto no país e na região.

A explosão dos serviços de criptomoedas na Argentina

O relatório revelou um aumento de 12% no número de usuários cripto na América Latina no primeiro semestre de 2024, totalizando 55 milhões. Na Argentina, mais de 2 milhões de aplicativos cripto foram baixados no mesmo período, mostrando o crescente interesse no setor. 

Além disso, o relatório aponta que a Lemon e a Binance são os aplicativos criptográficos com maior captação de usuários na Argentina. A soma das duas aplicações representa 75% das sessões de apps cripto no país.

O relatório também reuniu informações sobre o comportamento dos usuários em relação aos momentos de mercado ao longo do ano. Segundo esses dados, o dia 5 de agosto de 2024 foi o dia em que mais Bitcoin foi comprado no aplicativo da Lemon, superando 706 mil ordens de compra. 

Dessa forma, destaca-se ainda que essas compras ocorrem nos momentos em que o valor do Bitcoin cai, indicando que, enquanto os investidores globais aguardam a evolução dos mercados, na Argentina, a reação é diferente.

Mas, acostumados com a volatilidade econômica, os argentinos consideram o Bitcoin uma reserva de valor. Eles aproveitam grandes quedas para comprar mais, evidenciando o forte interesse em adquirir Bitcoin. Além disso, o mesmo relatório mostra que essas compras superaram em 81% as mesmas transações do ano anterior.

A diversificação dos ativos nas carteiras dos usuários

Quanto aos tipos de ativos que os usuários possuem, destaca-se que o Bitcoin é a criptomoeda líder na plataforma, com 41,7%. No entanto, um dado importante é que as chamadas stablecoins USDC ou USDT ocupam o segundo lugar em posses nas carteiras dos usuários, representando 40,7% dos ativos. 

A Ethereum constitui o terceiro ativo com maior presença nas carteiras da Lemon, compreendendo 10,26% do total de criptoativos. Nesse cenário diversificado, a Solana fecha o ciclo com 2,84% de presença nas posses.

No avanço cripto na Argentina, destacou-se a constituição de uma sociedade com capital aportado em criptomoedas. Esse fato foi significativo para o ecossistema, pois representa uma mudança completa de paradigma nesse sentido, considerando que ainda não existe um panorama claro sobre as criptomoedas na Argentina.

O futuro das criptomoedas na Argentina

Embora as criptomoedas não sejam proibidas, reformas nas leis de prevenção à lavagem de dinheiro têm gerado mudanças importantes. A atribuição à CNV (Comisión Nacional de Valores) da função de supervisionar os provedores de serviços de ativos virtuais é um avanço significativo. Além disso, o regime de regularização de criptomoedas traz mais segurança para o mercado, gerando uma sinergia que permite o crescimento do espaço criptográfico na Argentina.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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