quinta-feira, novembro 21, 2024
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Após o Halving a IA é usada na mineração de Bitcoin para cortar custos

A indústria de mineração de Bitcoin passa por um momento de transformação. Com os impactos do halving da rede ocorrido em abril, mineradores estão se adaptando. A gestora de ativos em criptomoedas CoinShares divulgou um relatório no dia 28 de outubro, apontando que muitos mineradores estão cortando custos e adotando inteligência artificial (IA) para melhorar sua eficiência.

Os impactos do Halving na mineração de Bitcoin

O relatório da mineração de bitcoin do terceiro trimestre da CoinShares destaca que a alta nos custos e na dificuldade para minerar BTC afeta a indústria. “Os mineradores enfrentaram desafios significativos este ano, com queda nas receitas e nos preços de hash”, diz a CoinShares. Ainda assim, eles continuam investindo em infraestrutura, confiantes na recuperação futura dos preços.

Os eventos de halving do Bitcoin, que ocorrem a cada quatro anos, reduzem as recompensas por bloco minerado. O último, em abril, cortou as recompensas de 6,25 BTC para 3,125 BTC, elevando os custos operacionais para os mineradores.

Segundo a CoinShares, “estimamos que o custo médio para produzir um Bitcoin entre todos os mineradores listados é agora de US$ 49.500”. Em comparação, esse valor era de US$ 47.200 no primeiro trimestre. Com esses números, a mineração se torna lucrativa apenas para uma parte dos mineradores.

Custos elevados é a realidade do setor

Dentro desse cenário, destacam-se mineradoras como a Cormint e a TeraWulf, que apresentam os menores custos. Ambas pagam cerca de US$ 15.000 e US$ 19.000, respectivamente, em custos de eletricidade para minerar um único BTC. Em contrapartida, mineradoras como Marathon Digital Holdings e Hive Digital enfrentam cifras acima de US$ 40.000 por BTC.

Os custos de mineração variam por diversas razões. Fatores como a origem da energia utilizada, os contratos de utilidade e a eficiência dos equipamentos de mineração impactam diretamente os valores. Essa diversidade sugere que a lucratividade na mineração de BTC se tornou um desafio cada vez maior.

Empresas mudam a estratégia da mineração de Bitcoin

O relatório da CoinShares aponta que a baixa lucratividade pode levar mineradoras a diversificar suas fontes de receita. A indústria aposta cada vez mais em tecnologias como a inteligência artificial.

Assim, um exemplo é a mineradora Hive, que investiu US$ 66 milhões em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia, que não são utilizadas em cargas de trabalho de IA. Então, esse movimento representa uma estratégia de adaptação em um ambiente de crescente competição e custos elevados.

Fusões e aquisições é a alternativa para os mineradores

Relatórios de grandes instituições, como o JPMorgan, indicam que mineradores estão buscando fusões e aquisições como uma solução para os desafios enfrentados. “Mineradores com grande disponibilidade de caixa, como Riot Platforms e Cleanspark, adquiriram outros mineradores com instalações turn-key.” – indica o relatório de agosto. 

Portanto, essas aquisições visam aumentar a taxa de hash no curto prazo, ampliando a capacidade de energia das empresas. Ou seja, em um setor que passa por constantes mudanças, essa estratégia pode ser crucial para a sobrevivência e crescimento dos mineradores de Bitcoin. 

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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