O Brasil está prestes a dar um passo importante na criação de uma Moeda Digital Emitida por Banco Central (CBDC). Mas a implementação do Drex, rede de registro distribuído (DLT), ainda pode enfrentar alguns desafios.
Regulamentação é o grande desafio do Drex
Executivos presentes no Fórum Ativos Digitais, realizado pelo BlockNews com a Cantarino Brasileiro, em São Paulo, alertaram que o Banco Central (BC) precisa definir:
- uma regulamentação rápida
- seja capaz de conciliar as peculiaridades dos sistemas das instituições financeiras envolvidas na segunda fase do piloto do Drex
A head de inovação do Bradesco, Renata Petrovic, afirma que a regulamentação não representa grandes dificuldades tecnológicas, mas é fundamental para a adoção do DLT pelo sistema financeiro nacional.
“Os diferentes casos de uso do Drex, como liquidação de imóveis e automóveis pela blockchain do real digital, requerem clareza regulatória porque envolvem outros órgãos, envolvidos diretamente em alguns casos de uso, como o Detran e os cartórios.” – destaca.
No entanto, a gerente da Itaú Assets, Larissa Moreira, defende a definição de um mindset como base para a criação do arcabouço regulatório, focado na criação de um ambiente produtivo da inovação.
Blockchain e entrada de capital estrangeiro
A utilização de blockchain em algumas etapas de casos de uso tradicionais, como escrituração, pode favorecer a entrada de capital estrangeiro no país. No entanto, atualmente, encontra-se um entrave em produtos como CRA (Certificados de Recebíveis de Agronegócio).
O trabalho conjunto entre os participantes do Drex foi um ponto comum entre eles, apesar da concorrência de mercado entre eles. O coordenador do Drex no BC, Fábio Araújo, declarou que o objetivo do DREX é ser o próprio Sistema Financeiro do Brasil. Ou seja, migrar todos os serviços e negócios para esta plataforma integrando com outras soluções digitais como Open Finance e Pix.
Liqi se junta ao Drex
Na semana passada, a Liqi anunciou que fará parte da segunda fase do piloto do Drex por meio de uma parceria com:
- Itaú Unibanco
- Banco do Brasil (BB)
- Bradesco
- Núclea
A atuação da fintech especializada em infraestrutura blockchain se dará pela tokenização de operação de crédito colateralizado em Certificado de Depósito Bancário (CDB).