Na manhã desta quinta-feira (29), o Brasil lançou seu primeiro ETF Solana, também conhecido mundialmente. A novidade, chamada QSOL11, é da gestora QR Capital. O fundo iniciou as negociações na Bolsa de Valores do Brasil (B3). Durante sua oferta pública, realizada entre os dias 21 e 26, o ETF captou R$ 15,5 milhões em recursos sob gestão. A informação é da reportagem do Valor Econômico.
ETF de Solana estará vinculado ao CME
Embora muitos aguardem um ETF relacionado ao SOL, ele é a 5ª maior criptomoeda por capitalização de mercado. Este ativo digital se destaca no atual ciclo de crescimento. Em abril de 2021, o HASH11 se tornou o primeiro ETF de criptomoeda listado na B3. Esse ETF lidera o setor no Brasil e captou 600 milhões de reais em sua oferta pública. Assim, o mercado nacional mostra potencial e atração para os investidores.
Emitido pela própria QR Capital, o QBTC11, primeiro ETF de Bitcoin (BTC) lançado na bolsa brasileira, arrecadou 103 milhões de reais antes da abertura das negociações, segundo o Valor Econômico. Dessa forma, o QSOL11, ETF Solana Spot, é lançado com preço inicial de R$ 10 por ação e será administrado pela Vórtx. Ela é um fintech que atua na área de tokenização, infraestrutura para redes blockchain e gestão de fundos.
O QSOL11 estará vinculado ao CME CF Solana Dollar Reference Rate F. Portanto, este é um índice de referência projetado para rastrear de forma confiável e transparente o valor em dólares da SOL. Desenvolvido em parceria entre Chicago Mercantile Exchange (CME) e Crypto Facilities (CF), o índice é baseado em dados de transações SOL realizadas em exchanges de criptomoedas do mercado.
Embora a Hashdex seja líder em ativos sob gestão e em número de produtos lançados no mercado brasileiro, a QR Capital tem sido pioneira no lançamento de ETFs vinculados ao Bitcoin, Ethereum (ETH) e agora Solana. Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset, destaca que Solana é uma blockchain rápida e escalável.
Consolidada ao lado do BTC e da ETH como um dos três principais criptoativos do mercado, a SOL tornou-se essencial nas carteiras de investidores institucionais e individuais.
Aprovação não deve sair em curto prazo nos EUA
O impacto internacional do ETF SOLA, aprovação pioneira do ETF Solana no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), gerou grandes ondas no mercado global.
Ou seja, isso ocorre à medida que continua a demanda pelo lançamento de produtos similares nos Estados Unidos. VanEck, um gestor que lançou fundos de índice Bitcoin e Ether este ano, avançou e apresentou um pedido para listar um ETF Solana nos EUA junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.
No entanto, Jan van Eck, CEO da VanEck, não acredita que um ETF Solana possa ser aprovado no curto prazo. Executivo acredita que o maior inimigo da criptomoeda seja Gary Gensler for o presidente da SEC.
Mas Van Eck disse que a eventual aprovação depende de mudanças no cenário político e regulatório dos Estados Unidos. Então, a eleição do candidato republicano Donald Trump seria bom para o mercado cripto, já que ele assumiu uma postura abertamente pró-cripto durante a campanha.