quinta-feira, novembro 21, 2024
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Banco Central define novas regras para exchanges de criptomoedas

As exchanges de criptomoedas no Brasil precisarão de aprovação do Banco Central para operar, afirmou Otávio Damaso, diretor de regulação, em seminário do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e ESMPU (Escola Superior do Ministério Público da União). A medida busca garantir o cumprimento das regras da atual Consulta Pública, prevista para 2025.

O fim da liberdade para exchanges internacionais

O diretor enfatizou que o Banco Central “vai ficar em cima”, supervisionando as operações das exchanges. Ele observou a falta de informações precisas sobre o número de plataformas existentes no Brasil. “A gente não sabe sequer quantas exchanges de criptomoedas existem no país e todas vão ter que ser autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central”, afirmou.

Em um cenário que promete mudanças significativas, Damaso descartou a possibilidade de que exchanges internacionais operem no Brasil sem conformidade às regras estabelecidas pelo regulador. Ou seja, isso indica um controle mais severo sobre o mercado de criptomoedas, que já é notoriamente descentralizado.

Além desse panorama, o diretor destacou que nem todas as empresas que atuam no Brasil atualmente estarão dispostas a se adaptar às novas exigências. Isso pode resultar em um “mercado marginal” que exigirá a intervenção do Banco Central. “Provavelmente teremos um mercado marginal que vai precisar de uma ação grande”, completou.

Banco Central lança novas exigências para as exchanges

Assim, o Banco Central dividiu as exchanges de criptomoedas e os prestadores de serviços em três grupos: intermediárias, custodiantes e corretoras de ativos virtuais. Segundo Emília Campos, do escritório Malgueiro Campos Zardo (MCZ), cada categoria precisa atender a exigências financeiras específicas. São elas:

  • Intermediárias de ativos virtuais. Atuam na compra, venda e administração de carteiras, com exigência de capital mínimo de R$ 1 milhão.
  • Custodiantes de ativos virtuais. Responsáveis pela guarda de ativos, requerendo R$ 2 milhões em capital.
  • Corretoras de ativos virtuais. Integram funções de compra, venda e custódia, necessitando de R$ 3 milhões para operar.

Essas novas diretrizes visam garantir maior segurança e transparência no mercado de criptomoedas.

Por isso, oBanco Central estabeleceu regras para o controle societário das PSAVs (Serviços de Ativos Virtuais), permitindo que pessoas físicas, empresas brasileiras e instituições autorizadas ou estrangeiras assumam essa função.

Então, é importante ressaltar que estruturas societárias existentes antes de 28 de novembro de 2002, ou aquelas sem fins lucrativos, também foram contempladas com exceções. Isso garantirá a continuidade das operações que já atendem aos critérios legais.

Portanto, essas mudanças buscam regular o mercado de criptomoedas no Brasil, aumentando a proteção ao investidor. As exchanges fazendo essas adaptação nas operações com certeza fortalecerão a confiança no setor.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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