O Banco Central (BC) planeja regulamentar a tokenização de ativos e as stablecoins até 2025. Roberto Campos Neto, presidente do BC, destacou essa medida em um evento privado, na última segunda-feira (14). Ele ressaltou a importância dessa regulamentação para fortalecer o sistema financeiro brasileiro.
Novas diretrizes em discussão pelo Banco Central
Além da regulamentação, o BC pretende realizar uma nova consulta pública que irá abordar os prestadores de serviços de ativos virtuais (VASPs). Segundo Campos Neto, essa consulta pública será iniciada ainda este mês e abordará temas como “conduta, organização e processos de autorização”. Essas etapas são fundamentais para criar um ambiente regulado e seguro para a indústria de criptoativos no Brasil.
A primeira consulta pública, realizada em dezembro de 2023, definiu diretrizes iniciais para o setor de criptomoedas no Brasil. Atualmente, as VASPs precisam de autorização do Banco Central para operar, destacando a urgência de um marco regulatório sólido.
Durante sua apresentação, Campos Neto destacou o “grande potencial” da tokenização de ativos. Ele argumentou que esses ativos virtuais podem promover eficiência em serviços de pagamento e crédito, além de expandir o mercado de capitais. O presidente também reafirmou a conexão entre a tokenização e o Drex, projeto piloto da moeda digital brasileira.
Desafios e avanços do Projeto Drex
O projeto Drex atualmente se encontra na segunda fase, enfrentando novos desafios e experimentando casos de uso inovadores. Fábio Araújo, coordenador do Drex, afirmou que uma das principais prioridades é abordar questões de privacidade e segurança na moeda digital.
A equipe do Drex selecionou 13 novos temas para facilitar essa fase do projeto. Entre eles, testes com crédito colateralizado em títulos públicos e transações envolvendo ativos do agronegócio estão em destaque. O objetivo é garantir que a moeda digital brasileira seja não apenas segura, mas também simples e prática para o uso cotidiano da população.
Com essas iniciativas, o Banco Central do Brasil se posiciona na vanguarda da inovação financeira. A regulamentação da tokenização e das stablecoins pode impactar significativamente o sistema financeiro. Além disso, promove um ecossistema mais robusto e seguro para as criptomoedas no Brasil. A transparência e a segurança são essenciais para construir a confiança entre usuários e instituições.
Assim, resta aos interessados e investidores do setor de criptoativos ficarem atentos às novidades que surgirão das consultas públicas e dos desenvolvimentos do Drex. As atualizações prometem trazer não apenas regulamentações, mas também um cenário promissor para o futuro do mercado de criptomoedas e ativos digitais no Brasil.