O Banco do Brasil, uma das maiores instituições financeiras do país, anunciou recentemente, durante o Febraban Tech, que está desenvolvendo um “mega” ecossistema de investimento com o Drex. Esse ecossistema terá quatro frentes de atuação: mercado de capitais, sustentabilidade, wallet e pagamentos offline.
Novas Frentes de Atuação
Dione Mary N. Souza Cordioli, Gerente Executiva da instituição, revelou durante um painel promovido pela Visa que o Banco do Brasil está se preparando para o Drex. Ou seja, o banco vem realizando vários testes para construir esse ecossistema com a CBDC nacional.
Na frente de mercado de capitais, o banco está explorando a habilitação dos contratos inteligentes do Drex para a tokenização de:
- Debêntures
- Recebíveis (tanto para investimento quanto para crédito)
- Commodities do agronegócio
Assim, na área de sustentabilidade, a proposta é tokenizar créditos de carbono, com registro em blockchain. Isso inclui a comercialização e monitoramento da jornada desses créditos, promovendo um mercado mais transparente e sustentável.
Então, uma das frentes mais inovadoras é o desenvolvimento de wallets para facilitar a transferência de valores. “O objetivo é permitir que o cliente tenha sua wallet dentro do banco, contendo todos os seus ativos digitais, e que possa utilizá-los como meio de pagamento”, explicou Cordioli.
Outra frente crucial envolve os pagamentos offline. Dessa forma, um dos projetos em teste é um cartão pré-pago utilizando o Drex, que permite carregar e utilizar valores sem a necessidade de conexão com a internet. Esse cartão pré-pago elimina a necessidade de carregar um celular ou carteira.
“O usuário pode carregar o cartão com antecedência e usá-lo de forma segura e conveniente, em shows ou eventos.” – destacou Cordioli. Essa inovação facilita a inclusão financeira, especialmente em áreas sem acesso à internet, proporcionando um meio de pagamento eficiente e seguro.
Banco do Brasil vê potencial no Drex
Mas Cordioli ressaltou o grande potencial do Drex no uso de moedas e ativos digitais, promovendo inclusão e segurança nas transações. Segundo ela, estamos vivendo uma transformação significativa, tanto em termos de produtos quanto de tecnologia.
“O mercado de capitais se beneficiará enormemente com a tokenização do fluxo financeiro, uma das grandes vantagens dessa moeda.” – afirmou. Portanto, no setor agro, a tokenização de commodities como soja e milho, além de títulos representativos como a CBR, é altamente relevante e oferece uma vantagem significativa.
“Tudo isso se combina de maneira a transformar como gerenciamos nossos ativos. Em comparação com uma conta corrente tradicional, a conta corrente digital e as wallets permitem que todos os nossos ativos sejam guardados e transacionados de maneira transparente e segura. Isso proporciona confiança e segurança aos nossos clientes”, finalizou Cordioli.
Portanto, essa nova iniciativa do Banco do Brasil, com o uso do Drex, promete revolucionar o mercado financeiro. O banco quer trazer inovações que vão desde a tokenização de ativos até novos métodos de pagamento. O futuro parece brilhante para a instituição, que se posiciona na vanguarda da inclusão financeira e da tecnologia blockchain no país.