sábado, janeiro 18, 2025
spot_img
HomeRegulamentaçãoBitcoin como reserva estratégica é a nova tendência nos EUA

Bitcoin como reserva estratégica é a nova tendência nos EUA

No última quarta-feira (15), o deputado estadual Cody Maynard apresentou um projeto inovador à Câmara dos Representantes de Oklahoma. A proposta busca estabelecer o Bitcoin como um ativo estratégico de reserva. O objetivo é proteger o estado contra a inflação e diversificar seus investimentos.

O Projeto de Lei 1203, denominado Lei de Reserva Estratégica de Bitcoin, permite que fundos de pensão e contas de poupança estaduais invistam parte de seus recursos na criptomoeda. Essa iniciativa reflete a crescente adoção institucional do ativo digital.

Por que o Bitcoin?

Segundo Cody Maynard, o Bitcoin representa “liberdade frente aos burocratas que imprimem nosso poder de compra”. Ele destaca que, por ser descentralizado, o ativo não pode ser manipulado por governos ou entidades financeiras. “É a maior reserva de valor para aqueles que acreditam na liberdade financeira e nos princípios do dinheiro sólido”, afirma o deputado.

Essa visão tem ganhado força em outros estados dos EUA. Diversos projetos de lei semelhantes foram apresentados, mostrando um movimento crescente para incluir a criptomoeda como estratégia de reserva em contextos públicos.

Na Pensilvânia, os legisladores apresentaram, em novembro de 2024, uma proposta para que o Tesouro estadual invista até 10% de seus ativos em Bitcoin. O deputado estadual Mike Cabell acredita que essa diversificação é fundamental. Ele cita exemplos de empresas privadas, como BlackRock e Fidelity, que já usam a criptomoeda para proteger seus investimentos contra riscos macroeconômicos.

“O Bitcoin é uma forma de preservar o poder de compra do estado durante períodos de instabilidade econômica”, argumenta Cabell.

Já no Texas, o legislador Giovanni Capriglione apresentou, em dezembro, a Lei de Reserva Estratégica de Bitcoin. A proposta determina que o controlador de contas públicas do estado mantenha a criptomoeda como ativo de reserva por pelo menos cinco anos.

Outros Estados entram no jogo

Em janeiro, Dakota do Norte e New Hampshire também se juntaram ao movimento. Ambos os estados apresentaram projetos para criar reservas estratégicas de Bitcoin. Em New Hampshire, a proposta é ainda mais ampla, permitindo investimentos em “ativos digitais”, o que pode incluir outras criptomoedas além do Bitcoin.

Dennis Porter, CEO do grupo de defesa do Bitcoin Satoshi Action Fund, revelou que a proposta da Dakota do Norte já conta com o apoio de 11 co-patrocinadores. Isso indica um forte interesse em tornar o Bitcoin parte da estratégia financeira do estado.

Mas a ideia de usar o Bitcoin como reserva estratégica está ganhando espaço nos Estados Unidos. Assim, com mais estados aderindo, a tendência é que o ativo digital conquiste ainda mais legitimidade no cenário institucional.

Em resumo, seja em tempos de inflação ou instabilidade econômica, o Bitcoin surge como uma alternativa sólida para proteger o poder de compra e diversificar investimentos. Portanto, resta saber como essas iniciativas impactarão o mercado a longo prazo.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
NOTÍCIAS RELACIONADAS
- Advertisment -spot_img

últimas notícias

- Advertisment -spot_img