sexta-feira, dezembro 13, 2024
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Brasil registra 2,2 Bilhões de dados em blockchain na saúde

O Brasil registrou mais de 2,2 bilhões de dados na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), destacou Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, no Painel Telebrasil 2024. Essa implementação marca um avanço crucial na modernização no blockchain do Sistema Único de Saúde (SUS).

O futuro da saúde digital

O sistema agora permite a interoperabilidade dos dados, viabilizando o prontuário eletrônico no Meu SUS Digital. De acordo com Haddad, a RNDS já supera os 2,2 bilhões de registros e está sendo expandida para abranger a atenção especializada e média complexidade. 

“No caso da atenção básica da Estratégia de Saúde da Família, hoje 70% das unidades básicas, cerca de 48 mil, já têm prontuário eletrônico.” – destacou.

A interoperabilidade, conforme afirmado por Haddad, é fundamental para a evolução da saúde digital no Brasil. O SUS já criou diversos sistemas de informação, cada um com suas peculiaridades. 

Então, para melhorar a gestão e a análise de dados, é importante integrar esses sistemas. Isso não apenas facilita a vigilância em saúde, como também aprimora a tomada de decisões clínicas individuais.

De acordo com ela, esses dados são cruciais para pesquisas secundárias, que fomentam a inovação no setor. A estratégia de interoperabilidade seguirá padrões internacionais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Assim, Haddad enfatizou que a RNDS, que utiliza a tecnologia Hyperledger Fabric, está pronta para armazenar e processar todos esses dados de forma segura e eficiente. “Hoje, nós já temos 2,2 bilhões de dados descarregados na RNDS que permitem esse avanço a passos largos.” – afirmou Haddad. 

Portanto, essa quantidade expressiva de dados viabiliza parcerias com o setor privado. Isso vai garantir que os usuários tenham seus dados acessíveis para autocuidado e tomadas de decisão em saúde. Dessa forma, a integração entre informações facilita a continuidade do atendimento, independente do local onde o cidadão é atendido.

Uso do blockchain durante a pandemia

A RNDS emprega a tecnologia blockchain para garantir a integridade e a segurança dos dados. Essa abordagem permite que as informações sejam imutáveis e registradas de forma descentralizada, o que é fundamental para evitar fraudes. 

Então, com a utilização do blockchain, também se reforçam a transparência e a rastreabilidade das informações. Para uma auditoria isso é ótimo porque cria um histórico completo e fica mais fácil de fazer o monitoramento de dados sensíveis.

Durante a pandemia de COVID-19, a RNDS demonstrou sua eficácia ao registrar e monitorar dados de vacinação, assegurando a autenticidade dos registros. A tecnologia blockchain facilitou o acesso da população aos comprovantes de vacinação por meio do aplicativo ConecteSUS, garantindo, assim, a inviolabilidade desses dados. 

Essa inovação foi crucial para a resposta ágil e eficaz do governo no controle da pandemia. De acordo com o Ministério da Saúde, a RNDS visa ampliar o “big data” com todas as informações médicas dos usuários do SUS. 

Prometendo 100% dos dados em blockchain, o sistema se destaca como modelo de referência na gestão de dados em saúde, permitindo o compartilhamento via APIs. Essa iniciativa transforma a abordagem do Brasil em saúde digital, alinhando-a a práticas internacionais modernas e eficazes.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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