O Butão, país do sul da Ásia, é aparentemente o maior detentor de Bitcoin, possuindo até mais criptomoedas do que El Salvador. Em 16 de setembro, a plataforma de pesquisa on-chain Arkham Intelligence divulgou um endereço contendo 13.029 BTC, que equivale a cerca de US$ 758 milhões.
O impacto econômico da mineração de Bitcoin no Butão
Essa revelação marcou a primeira vez que se tornou público o uso do Bitcoin no Butão. Arkham acrescentou que as participações em Bitcoin vieram da operação de mineração investida no Reino do Butão, a Druk Holdings (DHI).
Os dados de Arkham também revelam que a Druk Holdings possui 656 ETH, avaliados em US$ 1,5 milhão, além de uma pequena quantidade de BNB e Polygon. A Arkham destacou que pode apoiar a linha do tempo das operações de mineração onchain com imagens de satélite. Essas imagens cruzam a linha do tempo da construção da empresa agora extinto projeto Education City.
Espera-se que o produto interno bruto do Butão atinja US$ 3 bilhões até o final de 2024. Ou seja, isso significa que o Bitcoin representa cerca de 25% do PIB do país. De acordo com relatos da mídia local, as autoridades butanesas confirmaram que a mineração usando energia hidrelétrica começou em abril de 2019. Na época, o preço do Bitcoin era de aproximadamente US$ 5.000.
Mas, em maio de 2023, a DHI fez parceria com a Bitdeer para desenvolver uma operação de mineração neutra em carbono no Butão. Em abril de 2024, o DHI anunciou uma atualização para aumentar a capacidade de mineração do Butão em 500 megawatts, prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2025.
Com isso, espera-se que a capacidade total de mineração no Butão atinja 600 MW, consolidando ainda mais sua posição no mercado de criptomoedas.