segunda-feira, setembro 16, 2024
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Cresce a adoção do Bitcoin na América Latina

Pelo menos nos últimos cinco anos, o Bitcoin e outras criptomoedas têm experimentado um enorme crescimento na América Latina. Mas a adoção do Bitcoin ganhou realmente força na região depois que a criptomoeda passou a ser moeda legal em El Salvador. No Brasil já temos a criação de marcos regulatórios progressivos e nosso país já demonstra um interesse crescente e uma adoção significativa das tecnologias blockchain e criptoativos. 

Fatores que ajudaram a impulsionar o Bitcoin

  • Adoção Governamental e Regulação Favorável. Em 2021, El Salvador tomou uma decisão histórica ao adotar o Bitcoin como moeda legal, tornando-se o pioneiro mundial nessa iniciativa. Ou seja, este movimento colocou a América Latina no foco global em termos de adoção de criptomoedas. Outros países seguiram com regulações progressistas, como: 
  1. o Brasil, que em dezembro de 2022 publicou seu Marco Legal para Ativos Virtuais
  2. a Argentina, que em dezembro de 2023 legalizou o uso de Bitcoin e outras criptomoedas para liquidações de contratos.
  • Crescimento do Mercado de Criptomoedas. O volume de transações em criptomoedas na América Latina tem crescido significativamente. De acordo com dados recentes, o volume mensal de transações superou 3 bilhões de dólares, marcando o maior aumento desde meados de 2021.
  • Inovação Financeira. O Brasil se destacou em inovação financeira com criptomoedas. Em junho de 2023:
  1. a Bolsa de Valores do Brasil fez história ao listar o primeiro ETF de Bitcoin na América Latina
  2. em julho de 2021, a Bolsa de Valores do Brasil listou o primeiro ETF spot de Ethereum
  3. em fevereiro de 2024, o ETF spot de Bitcoin da BlackRock também começou a ser negociado no Brasil, integrando ainda mais as criptomoedas ao sistema financeiro tradicional.
  • Participação de Instituições Financeiras Tradicionais. Mas a entrada de instituições financeiras tradicionais tem sido fundamental. Em dezembro de 2023, o Itaú Unibanco iniciou serviços de trading e custódia para Bitcoin e Ethereum, mostrando a crescente aceitação do setor financeiro tradicional.

As Criptomoedas Mais Usadas na América Latina

O relatório da Kaiko revela as criptomoedas favoritas na região. O Bitcoin lidera, impulsionado pela legalização em El Salvador e pela inflação na Argentina. 

Ethereum segue em segundo lugar, devido à sua capacidade de suportar contratos inteligentes e aplicativos descentralizados. Stablecoins, como USDT (Tether) e USDC (USD Coin), são extremamente populares, proporcionando proteção contra a volatilidade das moedas locais e a inflação.

A América Latina tem demonstrado resiliência e adaptabilidade no mundo das criptomoedas. Fatores econômicos, políticos e sociais criaram um ambiente favorável para a adoção de criptoativos. 

Mas a alta inflação, a volatilidade das moedas locais e a necessidade de inclusão financeira têm levado os cidadãos a buscar alternativas no Bitcoin, Ethereum e especialmente nas stablecoins.

Portanto, à medida que os marcos regulatórios se tornam mais claros e as infraestruturas locais se fortalecem, é provável que a adoção de criptomoedas continue a crescer na região. 

Países como Brasil e El Salvador estão na vanguarda, e outros seguirão à medida que os benefícios das criptomoedas se tornarem mais evidentes.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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