sexta-feira, maio 23, 2025
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Cruz da Morte no Bitcoin: entenda o sinal técnico

A chamada “Cruz da Morte” tem ganhado atenção entre investidores de criptomoedas, especialmente aqueles que acompanham os movimentos do Bitcoin. Este termo técnico refere-se ao cruzamento das médias móveis de 50 e 200 períodos em gráficos de preços — geralmente em escalas diárias ou semanais — sinalizando uma possível tendência de baixa.

As médias móveis são ferramentas fundamentais da análise técnica. Calculadas com base na média de preços de um ativo ao longo de determinado tempo, ajudam a suavizar as flutuações e identificar padrões de mercado. O cruzamento descendente da média móvel de curto prazo (50 períodos) com a de longo prazo (200 períodos) caracteriza a Cruz da Morte e pode indicar a perda de força compradora no mercado.

Outro indicador relevante é o das Bandas de Bollinger, criado por John Bollinger na década de 1980. Esse recurso técnico mede a volatilidade e identifica se o ativo está sobrecomprado ou sobrevendido. As Bandas, compostas por três linhas, também se utilizam das médias móveis como referência, reforçando a importância desses indicadores na avaliação dos ciclos do Bitcoin.

Apesar de o nome sugerir um cenário pessimista, a Cruz da Morte não representa uma previsão absoluta. Em setembro de 2024, por exemplo, o Bitcoin passou por esse cruzamento técnico e, ainda assim, manteve uma tendência de alta, reforçando a necessidade de análise contextual.

No sentido oposto, existe a “Cruz de Ouro”, que ocorre quando a média móvel de curto
prazo cruza para cima a de longo prazo — muitas vezes interpretada como sinal de recuperação e início de um novo ciclo de valorização.

A Cruz da Morte é um dos muitos indicadores utilizados por traders e investidores para interpretar o comportamento do Bitcoin e de outros ativos. Embora sinalize um potencial momento de retração, não deve ser utilizada isoladamente. Em um mercado volátil como o das criptomoedas, estratégias de diversificação, gestão de riscos e a observação do contexto macroeconômico são fundamentais para decisões eficazes.

Pedro Fonseca
Pedro Fonseca
Jornalista formado pela UNESP-Bauru (2016-2019), com MBA em Negócios Digitais pela USP Esalq (2022-2024). Possui experiência como assessor de comunicação, assessor de imprensa, redator e locutor. Já atuou em iniciativa social e em agência de comunicação, lidando com empresas e personas das áreas de saúde, autodesenvolvimento, tecnologia, empreendedorismo, entre outras.
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