sábado, novembro 23, 2024
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Custo de mineração de Bitcoin atinge novo recorde

Em 2024, o custo de mineração de Bitcoin, apenas de uma unidade, atingiu um novo patamar, trazendo grandes desafios. O recente halving reduziu as recompensas, e o aumento da taxa de hash tornou a rentabilidade ainda mais difícil. Por isso, para fazer a mineração do Bitcoin é preciso uma boa estratégia e adaptação rápida das empresas, que já enfrentavam margens de lucro estreitas.

A importância da energia na mineração de Bitcoin

De acordo com a CoinShares, o custo para minerar um Bitcoin subiu para 49.500 dólares no 3º trimestre de 2024. Esse valor cobre apenas gastos diretos, como energia. Ao considerar outras despesas, como a depreciação dos equipamentos, o custo total aumenta ainda mais.

“Quando contabilizamos a depreciação dos equipamentos e a compensação baseada em ações, o custo médio chega a 96.100 dólares por Bitcoin.” – destaca o relatório. 

Esse aumento levanta questões sobre a viabilidade econômica de muitos mineradores, especialmente aqueles que dependem de fontes de energia menos eficientes ou mais caras.

Mas a energia elétrica continua sendo um dos principais custos na mineração de Bitcoin. Empresas que utilizam fontes de energia renovável se destacam por obter vantagens competitivas. 

A instalação de projetos sustentáveis exige um investimento inicial alto. A CoinShares estima que um projeto de 1 MW com contêineres e mineradores eficientes, como o Canaan Avalon A1566, custa cerca de 740 mil dólares.

Esse montante significativo reduz as margens de lucro e prolonga o retorno sobre o investimento em um mercado volátil como o de criptomoedas. Apesar de algumas empresas conseguirem operar com lucro, os ganhos são limitados. 

Para que o retorno sobre novos equipamentos caia para 27 meses, o Bitcoin precisaria valer 130.000 dólares até 2026. Além disso, o custo da eletricidade deveria permanecer em 4,5 centavos por kWh. Porém, essa combinação de fatores é pouco provável para muitos no setor.

Diversificação e novas fontes de receita

Diante desse cenário desafiador, muitos mineradores precisam diversificar suas operações e buscar novas fontes de receita. Algumas empresas estão explorando serviços em inteligência artificial como um caminho viável. Além disso, a preocupação com os custos não se restringe apenas à energia. Custos administrativos, impostos, arrendamento e compensações de funcionários também impactam a rentabilidade.

As companhias que recorrem ao financiamento por dívida enfrentam o desafio adicional dos juros acumulados, que afetam diretamente seus resultados. Mesmo assim, algumas empresas se destacam por sua habilidade de gerenciar custos de produção. 

Assim, a Cormint reduz o custo de produção para 16.700 dólares por Bitcoin usando resfriamento líquido e gestão interna de energia. Já a Terawulf mantém custos de 18.700 dólares ao aproveitar energia nuclear e hidrelétrica com tarifas fixas de 0,02 e 0,04 dólares por kWh.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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