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Especialistas discutem RWA, blockchain e infraestrutura de ativos digitais no Rio Innovation Week

O Rio Innovation Week, uma das maiores conferências globais de tecnologia e inovação, recebeu na tarde da última quarta-feira (13) os especialistas do setor de blockchain Bernardo Simonassi, CEO da BlindPay; Thamilla Talarico, Diretora On-Chain Finance da Polygon e Thomaz Teixeira, CEO da BRL1, que participaram do painel, “RWA, blockchain e infraestrutura de ativos digitais: de projeto piloto à realidade de mercado”. Entre os principais tópicos, estiveram a popularização das stablecoins, regulamentação e avanços do setor, Thamilla destacou a evolução da tecnologia e o avanço das stablecoins.

“O que está acontecendo hoje com as stablecoins é o que aconteceu com a informação na internet: informações descentralizadas, fornecidas 24/7, sem fronteiras globais, etc. Hoje eu não preciso mais esperar uma casa de câmbio abrir para fazer uma operação, transferência de dinheiro automática em escala global. A gente passa a ter uma infraestrutura financeira alinhada às necessidades de hoje”, destaca a executiva.

Para Bernardo Simonassi, as stablecoins são mais que dinheiro digital. “É um  dinheiro programável, seguindo regras on-chain totalmente auditáveis. Antes das stablecoins as
remessas internacionais eram caras e demoradas. Hoje, a remessa é instantânea e as
taxas são basicamente zero. Por isso as grandes empresas já estão aderindo às stablecoins como meios de pagamento” avalia o CEO da BlindPay.

Para os participantes, a disseminação das stablecoins acontecerá gradativamente, com a maturidade das pessoas, regulamentação e quebra dos padrões culturais relacionados ao dinheiro. “O que o Pix fez para as transferências instantâneas, as stablecoins farão pelas transferências internacionais”, avalia Thamilla.

“Os executivos também discutiram sobre o uso das finanças descentralizadas por grandes corporações. No DeFi, os mecanismos ainda têm um acesso difícil, porque as corporações dependem muito de uma estrutura centralizada e hierarquizada para operarem. Podemos traçar um paralelo com ETFs que inicialmente não eram vistos como caso de uso tão abrangente, mas hoje é dos principais meios”, destaca Thomaz.

Os executivos também concordaram que as stablecoins transformarão o sistema financeiro que conhecemos hoje, impactando a vida e os negócios de empresas de diversos tamanhos. “Stablecoins estão democratizando as novas gerações de fintechs. Elas permitem gerar experiências de câmbio global para pequenas empresas, mesmo com os desafios regulatórios para iniciar no mercado de meios de pagamentos”, avalia Bernardo.

Para o futuro, os participantes acreditam que o uso de moedas digitais será natural e recorrente para os usuários. “O meu desejo é que o usuário final tenha uma carteira multiativos, onde ele tenha os investimentos tokenizados ou não, mas sem precisar ficar discutindo sobre as stablecoins e termos de web3. Só assim teremos uma experiência financeira muito mais global e em tempo real”, finaliza Thamilla.

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