Felipe Taborda, Diretor para a América Latina na Taurus, destacou que o Brasil está à frente no desenvolvimento de CBDCs. De acordo com ele, o país supera líderes financeiros globais como EUA e China.
Taurus está preparada para as mudanças digitais
O Brasil tem se destacado globalmente nas Moedas Digitais do Banco Central (CBDCs), especialmente com o lançamento do Drex. A moeda digital demonstra a inovação do país e resulta de uma colaboração entre Banco Central, instituições financeiras e fornecedores de tecnologia.
Felipe Taborda, especialista em tecnologia e finanças digitais, aponta o Drex como exemplo da liderança brasileira em CBDCs. Ele destaca que o sucesso do projeto mostra a colaboração eficaz entre setores público e privado, essencial para uma moeda digital globalmente relevante.
Assim, sobre a integração das CBDCs e criptomoedas na economia digital, Taborda enfatiza que essa transição exigirá uma infraestrutura bancária especializada. Segundo ele, a Taurus, empresa para a qual trabalha, está preparada para suportar essa mudança com sua plataforma integrada que gerencia criptomoedas e moedas digitais de ponta a ponta.
Ou seja, a Taurus oferece tecnologia de custódia, tokenização e infraestrutura de nós para blockchains públicos e permissionados, incluindo o Hyperledger BESU, usado no piloto do Drex.
Integração dos bancos com mercado cripto
Durante o evento Febraban Tech, Taborda observou uma tendência significativa no sistema financeiro brasileiro:
- a crescente importância da Inteligência Artificial (IA)
- aumento pelo interesse no blockchain.
Ele acredita que, embora a IA e o blockchain sejam tecnologias complementares. Mas o blockchain tem avançado de uma abordagem tática para uma estratégica, conduzida pelas principais equipes de negócios dos bancos. Esta mudança é vista como crucial para a adoção generalizada do blockchain no Brasil.
Mas a integração dos bancos no mercado de criptoativos também tem sido um ponto de discussão. Taborda explica que globalmente, os bancos estão entrando nesse mercado para oferecer três principais serviços:
- custódia e negociação de criptomoedas
- emissão e gestão de títulos tokenizados
- emissão de moedas digitais
Cada um desses serviços enfrenta diferentes desafios regulatórios. Pois a custódia de criptomoedas, por exemplo, requer clareza legal sobre a classe de ativos. Enquanto os títulos tokenizados precisam ser reconhecidos como equivalentes aos tradicionais.
No caso das moedas digitais, como o Drex, a regulamentação ainda está em desenvolvimento.
Atualmente, o Brasil apresenta uma forte demanda por custódia e negociação de criptomoedas, impulsionada tanto pelo interesse dos clientes de varejo quanto pelo avanço do Drex.
Portanto, a expectativa é que essa demanda continue crescendo conforme a regulamentação se torne mais clara, consolidando o Brasil como um importante player na economia digital global.