A semana que passou não foi muito boa para as criptomoedas. Os fundos enfrentaram uma semana bem ruim, registrando fluxo negativo. Assim, entre os dias 9 e 15 de junho houve mais de US$ 600 milhões de saída líquida. Foi uma semana marcada por reajustes e com a expectativa de melhora na política monetária dos Estados Unidos. Esperava-se que o FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) baixasse os juros, mas isso não aconteceu, o órgão apenas manteve os juros no país.
Volume de negociação das criptomoedas caem
Essa perda no volume de negociação é a pior desde 22 de março, quando o mercado reagiu a uma postura mais rígida do Federal Reserve. Na época, o resultado dos ativos sob gestão (AUM) dos fundos sofreram uma queda de US$ 100 bilhões para US$ 94 bilhões.
Mas o Brasil se salva desse cenário de pessimismo. O país conseguiu manter a sequência de alta, mesmo durante a semana passada. O Brasil já ultrapassa o 6º mês seguido de semanas positivas.
Enquanto o volume de saídas afetou quase o mundo todo, o país teve um saldo positivo de US$ 700 mil, ocupando a 3ª posição do ranking de mercados com melhor fluxo em 2024. O acumulado do ano já passa de US$ 144 milhões.
O volume de retiradas dos EUA passou dos US$ 565 milhões, seguidos pela Suíça com US$ 23,7. No entanto, no acumulado do ano os americanos ainda possuem um saldo positivo com impressionantes US$ 16,8 bilhões. Hong Kong segue logo atrás com US$ 325 milhões.
Bitcoin lidera o foco das saídas
Entre os fundos, destaca-se o IBIT da BlackRock que teve uma semana positiva com entradas de US$ 42 milhões. Já a Grayscale liderou as saídas do ETF de Bitcoin ficando US$ 273 milhões negativos.
O Bitcoin (BTC) foi o foco das saídas. A criptomoeda totalizou um saldo negativo de US$ 621 milhões. Mas, paralelamente, os fundos que operam vendido (short) em Bitcoin observaram entradas modestas de US$ 1,8 milhão. Por fim, outras criptomoedas registraram entradas positivas:
- Ethereum (ETH) com US$ 13 milhões
- LIDO com US$ 2 milhões
- XRP com US$ 1 milhão
Portanto o cenário atual requer cautela e reflete a volatilidade inerente ao mercado das criptomoedas. Mas o ponto positivo, que mostra também a resiliência e o potencial do setor no Brasil.