Em nota publicada na última quinta-feira (29), a Administração Nacional de Eletricidade do Paraguai (ANDE) afirmou ter descoberto um projeto ilegal de mineração de Bitcoin em uma igreja em Hernandarias, próximo à fronteira com o Brasil. A ação faz parte de uma operação da ANDE que visa combater o roubo de energia elétrica no país.
Estratégia criminosa dos mineradores de Bitcoin
Além da igreja, que chama mais atenção, as autoridades também descobriram outras duas fazendas de mineiração na região. Como a energia é o maior custo da mineração, excedendo em alguns casos os seus lucros líquidos, alguns mineiros cometem crimes para aumentar os seus lucros. No entanto, esse número está espalhado por toda a população.
Um estudo da F2Pool mostra que poucas plataformas de mineração são lucrativas. Portanto, essa prática ilegal pode ser usada para trazer de volta à vida máquinas obsoletas. Mas o detalhe é que a igreja é proprietária do equipamento de mineração e desviou a eletricidade, afirmam as autoridades.
No ano passado, por exemplo, a polícia russa descobriu uma fazenda de mineração sem fim contendo eletrônicos escondidos em garrafas para protegê-los da chuva. No Paraguai, o local escolhido pelos criminosos chama ainda mais atenção. Segundo a Administração Nacional de Eletricidade (ANDE), os mineiros usaram uma igreja para abrigar seus equipamentos, alimentados pela eletricidade roubada.
Consequências para os responsáveis
Embora não tenham divulgado informações sobre os equipamentos, as autoridades destacam que a atividade resultou na perda de 99.338.089 guaranis paraguaios para a entidade.
Ou seja, o valor equivale a R$ 72,6 mil pelo câmbio atual. “Essa foi a primeira intervenção realizada no bairro de Nossa Senhora da Assunção, na cidade de Hernandaria.” – escreve a ANDE. O prejuízo é de 117 mil guaranis paraguaios (R$ 85 mil).
Por fim, as autoridades também relataram a apreensão de outros 28 equipamentos de mineração em Hernandarias, na mesma cidade da igreja. A perda estimada é de 113 mil guaranis paraguaios (R$ 83 mil).
“Os responsáveis pelo crime deverão arcar com os danos materiais correspondentes à energia não faturada. Além disso, terão que pagar os custos de intervenção e multas nos termos da lei nº 966/64.” – escreve a ANDE.
