sábado, novembro 23, 2024
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“Influenciar eleições nos EUA é positivo.” Declara executivo da Coinbase

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aprovou os ETFs de Ethereum (ETH) à vista em 23 de maio, mas o início das operações ocorreu em 23 de julho. Entre os pedidos estavam os da BlackRock e Fidelity. De lá para cá o poder das criptomoedas no mercado vem crescendo muito, a ponto de alguns analistas e executivos pensarem que elas podem mudar o rumo das eleições americanas. Essa, inclusive, é a opinião declarada do executivo da Coinbase, Fabio Tonetto Plein.  

Para Coinbase, aprovação Ethereum trouxe otimismo ao mercado

“’A aprovação reforça o que nós do setor dizemos há anos: o Ethereum não é um título’”, afirma Plein. A Coinbase, por sua vez, será a custodiante das criptomoedas para 8 dos 9 ETFs de Ethereum.

Esse avanço trouxe otimismo à comunidade cripto, que vê a aprovação como um sinal de possível aceitação futura para outros ativos digitais. Especialistas estão especialmente atentos aos futuros ETFs de Solana (SOL). 

A decisão da SEC também indica uma abertura maior dos EUA ao setor cripto. “A aprovação dá acesso a uma classe de ativos de veículos tradicionais aprovados e regulados, com os quais os usuários já estão familiarizados. Assim, por ser uma forma eficiente de investimento, faz com que novas pessoas possam ter acesso ao mercado cripto.” – ressalta o country manager da Coinbase.

Mas, apesar do entusiasmo, o fluxo de fundos para os ETFs de Ethereum não alcançou o mesmo sucesso imediato observado nos ETFs de Bitcoin lançados anteriormente. Na quinta-feira (1º), os 9 ETFs de Ethereum receberam um fluxo positivo de US$ 26 milhões. 

Esse cenário lembra o início turbulento dos ETFs de Bitcoin, que também enfrentaram desafios similares, conforme dados da Coinglass.

SEC parece estar mais disposta em relação às criptomoedas

A aprovação dos ETFs de Ethereum parece ter aumentado a disposição da SEC para dialogar sobre regulamentações futuras. No cenário político, a questão das criptomoedas também ganhou destaque. 

O candidato à reeleição Donald Trump, por exemplo, expressou interesse em permitir que os EUA comprem e possuam Bitcoin, além de oferecer mais liberdade a empresas e investidores. Por outro lado, a vice-presidente Kamala Harris está buscando aproximação com o setor cripto, embora seu partido tenha sido historicamente crítico em relação às criptomoedas.

“O que nós vimos é que uma parte cada vez maior da agenda eleitoral envolve criptomoedas”, comenta o executivo da Coinbase. “Isso nos mostra como a tecnologia evoluiu e, hoje, é importante até para a competitividade de um país.” Segundo estimativas da Triple A, mais de 52 milhões de eleitores nos EUA são investidores de criptomoedas, destacando a influência crescente da indústria nas eleições americanas.

“Ser a favor de cripto é uma boa estratégia política. Isso mostra o caminho que a indústria seguiu até aqui e como ela amadureceu ao ponto de influenciar as eleições americanas”, conclui Plein.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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