A partir desta segunda-feira (10) todos os usuários da plataforma do Itaú Investimentos do íon, poderão negociar as criptomoedas Bitcoin e Ethereum. Mas esse serviço não é uma novidade completa, pois a operação com “cripto” está sendo liberada aos poucos desde dezembro de 2023.
Itaú fez pesquisas semanais sobre o assunto com os clientes
Guto Antunes, chefe da Itaú Digital Assets, revelou que o banco realizou pesquisas semanais com os clientes que já tinham acesso à operação com criptomoedas. Então, para surpresa, o resultado foi um alto grau de aceitação, com destaque para a confiança na custódia do Itaú.
“Toda a solução de custódia, desde que foi concebida, foi feita com arquitetura e dever fiduciário dentro do Itaú.” – afirma Antunes.
Embora o banco não revele oficialmente o número de usuários do íon, 3,5 milhões de downloads do aplicativo já ocorreram em smartphones, tanto no Android quanto no IOS. “Mesmo na fase escalonada foi um número relevante para o universo cripto e que surpreendeu.” – diz Antunes.
Mas, por enquanto, a oferta aos usuários será limitada ao Bitcoin e Ethereum, as duas maiores criptomoedas do mundo em valor de mercado. De qualquer forma, Antunes revelou ainda que os clientes estão pedindo outras criptomoedas, então, novos lançamentos estão no radar. No entanto, o maior problema atualmente seria de um processo criterioso de análise de riscos regulatórios.
Stablecoins ficaram de fora
No caso das stablecoins, que respondem por mais de 80% das negociações no Brasil, o Itaú ainda espera que o BC apresente um conjunto de normas. Pois sem essas normas de forma clara, ficará difícil a implementação delas. “Estamos alinhados com o BC no desenvolvimento da regulação, queremos crescer do jeito certo.” – afirma Antunes.
Um dos desafios da fase de testes foi treinar os gerentes a assessorar os clientes quanto ao novo tipo de ativo. “Criamos uma primeira solução de rede, um IA chatbot, ao qual os especialistas e gerentes têm acesso para entender as principais perguntas dos clientes”, diz Antunes.
Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, diz que o blockchain deve ser o trilho financeiro do futuro. “Estamos vendo uma nova geração de ativos tokenizados.” – defende.