O Itaú Unibanco lançou uma nova função que pode interessar investidores em criptomoedas. Agora, clientes podem negociar Bitcoin e Ethereum pelo aplicativo. Essa melhoria enriquece as opções disponíveis e busca atrair mais usuários.
A princípio, o banco vai focar em ativos digitais consolidados, como bitcoin e ethereum, negociados nas maiores bolsas do mundo. A taxa para cada compra será de 2,5%, com um investimento inicial acessível: apenas R$ 10. A custódia dos ativos será feita pelo próprio Itaú, e não há taxas mensais nem cobranças adicionais na venda.
Criptomoedas ganham espaço no mercado tradicional
A expansão do serviço ocorre em um contexto relevante para o mercado de criptomoedas. O bitcoin, por sua vez, mais que dobrou de valor neste ano e está próximo dos US$ 100 mil. Desde a vitória de Donald Trump, o ativo valorizou cerca de 45%.
Apesar da alta geral, o bitcoin apresentou uma leve queda nesta terça-feira, sendo negociado a cerca de US$ 93.800, de acordo com dados da LSEG.
Segundo João Araújo, diretor de Negócios, Plataformas e Experiências Digitais do Itaú, a novidade foi pensada para atrair investidores que ainda não se sentiam seguros com o mercado de criptomoedas. “Estamos focando muito em educação… O volume mínimo é de R$ 10, e o máximo depende do perfil do cliente”, explicou ele.
A negociação de criptoativos pelo Itaú começou há um ano, mas apenas na plataforma Íon, voltada para investidores mais experientes. Agora, qualquer cliente do banco pode comprar e vender bitcoin e ethereum pelo app principal, com a conversão para reais sendo feita de forma prática, direto na conta do usuário.
Itaú e os planos para o futuro
O Itaú pretende, em 2025, oferecer um recurso que permitirá transferir carteiras de bitcoin e ethereum de outras plataformas para sua custódia. Contudo, essa novidade aguarda a evolução da regulação do setor, atualmente em consulta pública.
Por outro lado, o saque de criptomoedas para outras plataformas está em fase de análise. “Estamos estudando o impacto dessa funcionalidade, que depende bastante da regulamentação”, disse Araújo.
Quanto à inclusão de novas moedas no app, como Solana, o executivo destacou que isso acontecerá apenas quando houver maior clareza regulatória. “Ether e bitcoin têm mais clareza regulatória. Vamos escutar nossos clientes sobre os tokens que eles desejam, mas isso dependerá das condições do mercado.”
O Itaú registrou um crescimento expressivo na negociação de criptoativos pela plataforma Íon. O volume de compras mensais aumentou em 300%. Além disso, no último mês, o banco viu um acréscimo de mais de 30% no número de novos clientes.
A estratégia do banco é clara: tornar o mercado de criptomoedas mais acessível, seguro e prático para os brasileiros. Com taxas competitivas e foco na experiência do usuário, o Itaú quer liderar essa nova era de investimentos digitais.