segunda-feira, setembro 16, 2024
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Kmushicoin, a criptomoeda da Colômbia usada transações de exportação

Em 2019, o engenheiro ambiental colombiano German Viasus inovou ao unir compostagem e blockchain em um projeto sustentável. Observando os aterros sanitários de Tunja, no departamento de Boyacá, Viasus teve a ideia de usar a tecnologia para melhorar o processo de compostagem. Assim surgiu o Kmushicoin, um token digital da Colômbia, que facilita o pagamento pela exportação de besouros rinocerontes e adubo produzido pela empresa Tierra Viva Escarabajos.

Colômbia inova na América Latina

O Kmushicoin é um token transacionado via carteira digital e serviços como PayPal e CoinPayments. Com uma blockchain própria, o token é aceito em vários pontos de Tunja, Bogotá e Medellín. Assim, a moeda serve para pagar por adubo 100% orgânico, produzido a partir de resíduos transformados pelas larvas dos besouros.

De acordo com a empresa de Viasus, são recolhidos toneladas de resíduos orgânicos de municípios colombianos. Em seguida, eles são transformados em adubo com a ajuda de besouros ZOO. Esses insetos transformam o lixo em fertilizante de alta qualidade e baixo custo.

Desafios e impactos ambientais

Um único aterro sanitário em Tunja recebe lixo de 130 municípios colombianos, gerando conflitos devido ao mau manejo dos resíduos. Em contraste, o projeto Kmushicoin lida semanalmente com 15 toneladas de resíduos de cerca de 40 mil pessoas dos municípios vizinhos.

Dessa forma, o local de compostagem é ideal para as larvas dos besouros rinocerontes, que, na fase adulta, são exportados para o Japão e outros países como animais de estimação. 

Além disso, vende-se o esterco das larvas como fertilizante internacionalmente. A iniciativa também ajuda a minimizar as taxas bancárias internacionais, oferecendo uma solução financeira acessível.

O papel dos besouros na sustentabilidade

As larvas vivem cerca de quatro meses antes de se transformarem em besouros, cuja vida varia entre alguns meses e três anos. Então, vende-se as larvas para países como Alemanha, Canadá, França e Estados Unidos, e também as adotamos como amuletos de sorte na Colômbia. O Kmushicoin surgiu para facilitar transações internacionais, evitando as altas taxas bancárias.

Jefferson Bastidas, vendedor de eletrônicos em Tunja, expressou seu apoio à iniciativa, destacando a importância de contribuir para o meio ambiente e a inovação tecnológica.

Perspectivas Futuras

Atualmente, o Kmushicoin (KTV) está avaliado em US$ 0,034, com uma capitalização de mercado de US$ 693,6 mil. De acordo com uma pesquisa da Binance, 95% dos participantes veem um futuro promissor para as criptomoedas na América Latina, o que pode impulsionar ainda mais projetos como o Kmushicoin.

Assim, a Colômbia não só avança em soluções ambientais, como também se destaca no uso de tecnologias emergentes para promover a sustentabilidade e inovação.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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