sábado, janeiro 18, 2025
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Mais de 100 empresas querem autorização ao BC para operar com Bitcoin 

O Banco Central (BC) prevê que mais de 100 empresas solicitarão autorização para operar com Bitcoin e criptomoedas no Brasil. O processo pode durar de 1 a 3 anos, conforme a situação de cada empresa.

Carolina Bohrer, do Deorf (Departamento de Regulação e Supervisão do Sistema Financeiro Nacional), afirmou que o número é apenas uma estimativa, pois faltam dados precisos sobre quantas empresas atuam no mercado.

Quem poderá operar Bitcoin no Brasil

O Banco Central estruturou o processo em duas etapas. O objetivo é otimizar os recursos, já que não haverá contratação de novos funcionários para avaliar os pedidos. Empresas reprovadas na primeira fase precisarão interromper suas atividades e reiniciar o processo do zero, entrando no fim da fila.

“Quanto mais informações houver nos pedidos, mais rápido é o processo”, explicou Bohrer. Na segunda fase, as empresas precisarão detalhar ainda mais suas informações para obter a autorização final.

Atualmente, as regras para os pedidos de autorização ainda não foram oficializadas. Elas fazem parte da Consulta Pública 109/2024, que está aberta para sugestões de cidadãos e empresas do setor. As normas podem mudar antes da publicação definitiva.

No documento em consulta, o Banco Central classifica as prestadoras de serviços de ativos virtuais (VASPs) em três categorias:

  1. Intermediárias de Ativos Virtuais. Realizam compra, venda e administração de carteiras de criptoativos.
  2. Custodiantes de Ativos Virtuais. Responsáveis pela guarda segura dos criptoativos de clientes.
  3. Corretoras de Ativos Virtuais. Reúnem as funções das duas categorias anteriores.

Exigências de capital e governança

Para operar, as VASPs deverão cumprir requisitos financeiros mínimos:

  • Intermediárias: Capital social de R$ 1 milhão.
  • Custodiantes: R$ 2 milhões.
  • Corretoras: R$ 3 milhões.

Se oferecerem operações de conta margem ou staking, essas empresas precisarão adicionar R$ 2 milhões ao capital mínimo. Além disso, as VASPs deverão ser sociedades empresárias limitadas ou anônimas e incluir em seu nome a expressão “Prestadora de Serviços de Ativos Virtuais”.

Empresas que já atuam no mercado deverão pedir autorização até 2025. Enquanto aguardam a resposta, poderão continuar funcionando, desde que não expandam suas atividades. Já as novas empresas precisarão obter aprovação antes de iniciar operações.

Portanto, a regulamentação promete trazer mais transparência e segurança ao mercado de criptomoedas no Brasil. Investidores devem acompanhar as atualizações do Banco Central.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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