sábado, janeiro 18, 2025
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Malásia estuda nova política para criptomoedas

A Malásia pode estar prestes a dar um passo importante no universo das criptomoedas. O governo está avaliando a criação de uma política que reconheça a indústria e modernize o sistema financeiro do país. A medida visa alinhar o país às tendências globais do mercado financeiro.

Malásia tem diálogo com lideranças internacionais

O primeiro-ministro da Malásia, Datuk Seri Anwar Ibrahim, discutiu uma possível regulamentação para criptomoedas com autoridades de Abu Dhabi e Changpeng Zhao, fundador da Binance, durante sua visita oficial a Abu Dhabi.

O premiê destacou que a adoção de regulações favoráveis ao setor é essencial para acompanhar os avanços financeiros globais. “Essa é uma evolução que ocorre rapidamente e exige que sejamos igualmente rápidos”, afirmou.

“Uma Mudança Radical em Relação às Formas Antigas”

Anwar deixou claro que o sistema financeiro atual precisa de transformações. “Tive longas discussões com a liderança de Abu Dhabi e Changpeng Zhao, cofundador da maior plataforma de criptomoedas do mundo, Binance”, disse ele ao jornal.

“Sentimos que a Malásia não deve ficar para trás, presa em um sistema financeiro antigo. Isso será uma mudança radical em relação às formas antigas”, completou o premiê.

Cooperação com os Emirados Árabes Unidos

As autoridades dos Emirados Árabes Unidos estão dispostas a colaborar com a Malásia para regular o setor de criptomoedas. Anwar destaca a necessidade de abandonar modelos de negócios ultrapassados e focar em finanças digitais.

Uma vez implementada, a política exigiria estudos detalhados envolvendo várias entidades da Malásia. O Tesouro, a Comissão de Valores Mobiliários e o Bank Negara Malaysia terão papel fundamental nesse processo.

“Como acontece com todas as novas ideias, haverá preocupações. Precisamos treinar nosso pessoal, desenvolver competências e envolver os participantes do setor”, explicou o premiê.

O chamado por regulamentações mais modernas vem em meio a uma recente onda de fiscalização na indústria. Em dezembro, a Comissão de Valores Mobiliários da Malásia ordenou que a exchange de criptomoedas Bybit encerrasse suas operações no país. A empresa foi acusada de operar sem registro.

Pouco antes, o mesmo órgão incluiu a carteira digital Atomic Wallet na lista de alerta para investidores. Assim, empresas como Paxful, KuCoin e MEXC também foram citadas por operar sem registro. Essas medidas mostram que o governo está atento ao mercado, mas ainda busca encontrar um equilíbrio.

Portanto, com a discussão sobre novas políticas, a Malásia demonstra vontade de se adaptar à revolução financeira global. A adoção de regulações claras pode atrair investimentos e consolidar o país como um centro relevante para o mercado de criptomoedas. Dessa forma, resta saber se as promessas se transformarão em ações concretas.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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