quinta-feira, novembro 21, 2024
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Marco legal das criptos pode transformar Brasil em uma potência global

O Brasil está se destacando como um pioneiro na regulamentação das criptomoedas na América Latina, o que pode impulsionar o país a se tornar um líder regional nesse setor. Priscila Couto, líder de Políticas Públicas da Ripple para a América Latina, destacou que o país está colhendo os frutos dessa abordagem pioneira.

Brasil terá Banco Central como regulador

Couto ressalta que o Brasil adotou uma abordagem estruturada e específica ao aprovar o Marco Legal das Criptomoedas, em contraste com países como o Chile. Lá regulamentaram apenas alguns serviços relacionados a ativos virtuais dentro de um contexto mais amplo para fintechs.

Uma das principais vantagens da regulamentação brasileira, segundo Couto, é a definição do Banco Central como regulador das empresas do setor. Ela destaca que o Banco Central é um regulador maduro, que busca entender o ecossistema e está aberto a inovações. Essa linha torna o ambiente regulado mais dinâmico e atrativo para o setor cripto global.

Além disso, a postura do Brasil em relação à regulação está influenciando positivamente outros países da América Latina. Mas Couto acredita que a regulação das stablecoins é um dos principais desafios futuros. 

Atualmente, não há disposição específica no Marco Legal das Criptomoedas para as stablecoins. Mas ela projeta que o Banco Central adotará “ondas de regulação”, abordando gradualmente diversas temáticas, incluindo as stablecoins.

Apesar do potencial país está apenas no começo

No entanto, Couto destaca a importância de se ter uma regulação clara e específica para as stablecoins, com: 

  • Regras claras de emissão 
  • Requerimentos para empresas interessadas em emitir
  • Segurança para o setor financeiro e investidores

Ela projeta que em dois a três anos o mercado já deverá ter uma clareza regulatória sobre o tema das stablecoins.

Por fim, Couto enfatiza que o Brasil está apenas começando nesse ecossistema e que há um vasto potencial a ser explorado. 

Assim, com um Congresso e governo federal cada vez mais interessados na tecnologia blockchain, o país pode se tornar um hub global nesse setor. Isso irá proporcionar um ambiente regulatório estável e seguro para empresas e investidores.

Portanto, com uma abordagem pró-ativa em relação à regulamentação de criptomoedas, o Brasil está no caminho para se tornar uma referência no mundo.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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