O Mercado Livre, gigante do e-commerce latino-americano, revelou em documento à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) que mantém em caixa 412,7 Bitcoin e 3.041 Ethers (ETH). Esses valores correspondem a R$ 133 milhões e R$ 48 milhões, respectivamente.
Mercado Livre já teria esse patrimônio há três anos
Adquiridas há três anos, essas criptomoedas nunca foram vendidas pela empresa. Segundo o Bitcoin Treasuries, o Mercado Livre figura entre as 25 empresas públicas que mais detêm BTC. Ela também é a única da América Latina na lista.
Mas, enquanto empresas como MicroStrategy e as mineradoras Hut8 e Hive têm grande exposição ao Bitcoin, os criptoativos do Mercado Livre representam apenas 0,03% do valor da empresa. São, portanto, estratégias diferentes.
Além de manter Bitcoin e Ethereum, o ML começou a oferecer criptomoedas aos clientes do Mercado Pago em dezembro de 2021. Então, depois de poucos meses, o serviço já contava com mais de 1 milhão de clientes.
No entanto, apesar do bom lucro sobre seus investimentos nas duas maiores criptomoedas, o ML não realizou novos aportes nesses três anos. Os lucros não realizados chegam a 435% sobre o investimento em Bitcoin e a 221% sobre o aporte em Ethereum.
Ou seja, esses aportes, embora pequenos em comparação ao tamanho do Mercado Livre, mostram que as flutuações de preço do Bitcoin e do Ethereum não afetam o preço de suas ações.
Os papéis da empresa operam próximos à sua máxima histórica, enquanto a empresa se adapta às transformações da internet. Assim, no ano passado, a empresa figurou entre as 100 empresas mais influentes na revista TIME, ao lado de Nvidia, SpaceX, OpenAI entre outros.
Em resumo, dado o sucesso do experimento, é possível que o Mercado Livre realize novos aportes em Bitcoin no futuro. Além de ter sua própria criptomoeda, a Mercado Coin, a empresa também investiu na corretora Mercado Bitcoin em 2022.