sábado, setembro 7, 2024
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Meta reduz orçamento do metaverso em 20% até 2026

Um corte de 20% no investimento direcionado ao metaverso já para o próximo mês é anunciado pela Meta. O corte no orçamento atinge a Reality Labs, responsável pelo desenvolvimento de software e hardware do metaverso. A medida valerá já para o próximo mês e se estenderá até 2026. A intenção da Meta é colocar os Reality Labs em modo de produção antes de lançamentos de hardware de alto nível programados para os próximos anos.

Redução dos custos do metaverso representa economia de US$ 3 bilhões

Analistas do Bank of America opinaram que as medidas de corte de custos renderiam à Meta uma economia de cerca de US$ 3 bilhões. Mas números do 1º trimestre de 2024 apontam para um cenário onde será necessário fazer uma contenção financeira. 

No próximo dia 31 de julho acontece a teleconferência de resultados da Meta. Então, os analistas preveem que esses números sejam semelhantes aos do primeiro trimestre, ou seja, US$ 36,45 bilhões em receita. Portanto, espera-se um aumento de 27% em relação ao mesmo período de 2023.

Contratando com esses números, vem o balanço da Reality Labs, que registrou US$ 3,8 bilhões de prejuízo no trimestre. Analistas acreditam que grande parte desse prejuízo tem relação com os esforços da empresa em alavancar o metaverso. 

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em abril de 2024, durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre, disse aos investidores que “uma quantidade cada vez maior do trabalho do nosso Reality Labs está sendo direcionado à IA”.

As medidas de corte de custos anunciadas recentemente podem representar um realinhamento dos esforços da divisão. Esse movimento pode agradar investidores que buscam conter a maré de dinheiro que entra na Reality Labs. Até o momento, a divisão perdeu algo em torno de US$ 55 bilhões desde 2019. 

Futuro do Metaverso

Zuckerberg pode estar indicando que está disposto a controlar os Reality Labs, mas o destino final da divisão dependerá da aceitação do mercado de consumo para as próximas gerações de produtos de RV e RA. A empresa pretende lançar o headset Quest VR de próxima geração e os óculos inteligentes Ray-Ban com um componente visual, bem como uma “interface neural” usada no pulso nos próximos anos. A Meta também desenvolve um protótipo de headset totalmente holográfico. No entanto, ainda não está claro se o lançamento ocorrerá no mesmo período.

O corte de orçamento nos Reality Labs pode significar um passo estratégico para a Meta, ao mesmo tempo que prepara o terreno para futuros lançamentos e inovações. A expectativa é que esses lançamentos conquistem o mercado e recuperem parte do investimento pesado feito nos últimos anos. A Meta está apostando alto no futuro do metaverso e em como ele pode transformar a interação digital.

Assim, a movimentação financeira e estratégica da Meta pode ser vista como um esforço para equilibrar inovação com sustentabilidade financeira, garantindo que os Reality Labs continuem a ser uma força motriz na evolução tecnológica.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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