O Morgan Stanley revelou possuir US$ 272,1 milhões em ETFs de Bitcoin à vista. Isso mostra o interesse crescente da instituição financeira em ativos digitais como parte da diversificação de portfólio. Mas a empresa, considerada conservadora, não é a única instituição tradicional a adotar as criptomoedas.
Banco retém US$ 272,1 milhões em ETFs de Bitcoin
A recente divulgação veio por acaso. A descoberta foi feita através de um documento regulatório junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Nela, o órgão regulador classifica o Morgan Stanley como um potencial investidores digital.
Embora o investimento represente apenas 0,02% dos US$ 1,2 trilhão sob gestão do Morgan Stanley, ele é considerado histórico. Essa quantia evidencia o crescimento das criptomoedas, como o Bitcoin, entre as instituições financeiras tradicionais dos Estados Unidos.
Esse movimento do Morgan Stanley faz parte de uma tendência mais ampla, onde instituições financeiras globais estão cada vez mais interessadas em explorar ativos digitais.
O investimento do Morgan Stanley surge em um contexto em que outras grandes instituições, como BlackRock e Goldman Sachs, também estão aumentando suas participações em ETFs de Bitcoin e Ethereum. Juntos, Goldman Sachs e DRW Capital revelaram ter US$ 600 milhões em ETFs à vista desses ativos.
O Goldman Sachs, por exemplo, detém US$ 410 milhões em ETFs de Bitcoin, com investimentos notáveis nos produtos IBIT da BlackRock e FBTC da Fidelity. Esses dados mostram que as finanças tradicionais (TradFi) estão cada vez mais confortáveis em adicionar criptoativos às suas carteiras.
Morgan Staney aposta na crescente demanda por Bitcoin
O crescente interesse em Bitcoin por parte de investidores institucionais indica que o ativo digital está sendo legitimado como uma nova classe de investimento. ETFs de Bitcoin oferecem às instituições uma forma regulamentada e de baixo risco para se expor ao mercado cripto, sem precisar comprar o ativo diretamente.
Empresas como o Morgan Stanley, ao investir em ETFs, participam do ecossistema de criptomoedas em rápida expansão, ao mesmo tempo em que gerenciam os riscos dentro de um ambiente regulatório mais seguro e familiar.
Vale lembrar que essa não é a primeira incursão do Morgan Stanley no universo das criptomoedas. O banco realizou seu primeiro investimento em ativos digitais em 2021 e, desde então, vem ampliando sua presença no setor.
Em 2024, o Morgan Stanley tornou-se um dos maiores detentores do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), um dos principais veículos de investimento em Bitcoin. Essa estratégia sugere que o banco está focado em capitalizar a crescente demanda institucional por criptoativos, reforçando seu papel de liderança nesse mercado emergente.
O interesse do Morgan Stanley e de outras grandes instituições financeiras no Bitcoin reafirma o papel do ativo digital como um componente essencial nas estratégias de longo prazo das TradFi.