quinta-feira, novembro 21, 2024
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NFTs têm o menor volume de vendas desde 2021

As vendas de NFTs caíram novamente em setembro, atingindo somente US$ 296 milhões. É uma redução de 20% em comparação a agosto. Mas o declínio é ainda mais alarmante, com uma queda de 81% em relação ao pico de US$ 1,6 bilhão registrado em março de 2024.

NFTs sob vigilância dos reguladores dos EUA

O último mês com vendas abaixo de US$ 300 milhões foi janeiro de 2021, com US$ 109 milhões. A situação piorou, já que o número de transações também caiu 32%, de 7,3 milhões em agosto para 4,9 milhões em setembro. 

Apesar da queda nas transações, o valor médio das vendas de NFTs aumentou 18%, de US$ 50,71 em agosto para US$ 60 em setembro. Ou seja, isso sugere que os investimentos individuais estão mais sólidos e isso é bom para o mercado.

A queda nas vendas de NFTs ocorre em meio a maior atenção regulatória nos EUA. A SEC (Comissão de Valores Mobiliários Americana) intensificou a fiscalização, e em 28 de agosto, Devin Finzer, CEO da OpenSea, revelou ter recebido um aviso Wells da agência. Esse aviso sugere que a autoridade acredita que os NFTs da plataforma possam ser considerados valores mobiliários não registrados.

Outra ação significativa ocorreu em 16 de setembro, quando a SEC aplicou uma multa de US$ 750.000 ao Flyfish Club, um restaurante temático que vendeu NFTs. A decisão enfrentou críticas de dois comissários da SEC, Hester Peirce e Mark Uyeda, que afirmaram que os NFTs do Flyfish não deveriam ser enquadrados nas leis de valores mobiliários, considerando-os apenas “uma forma diferente de vender associações”.

Reação da indústria e do mercado

Apesar das pressões regulatórias, Luca Schnetzler, CEO da popular coleção Pudgy Penguins, chamou as ações da SEC de “absurdas”. Em entrevista ao Cointelegraph, ele descreveu a abordagem da agência como um “nada”, questionando a lógica de focar no OpenSea. Para Schnetzler, se a SEC está decidida a regular o mercado de NFTs, deveria também mirar em organizações maiores já atuando nesse espaço, como Sotheby’s, Nike e Pokémon.

Portanto, com um cenário de vendas em queda e vigilância crescente, o mercado de NFTs está em um momento crítico. Mas o que essa realidade reserva para o futuro dos colecionáveis digitais? A resposta pode vir nas próximas semanas, à medida que tanto os consumidores quanto os reguladores se ajustam a um novo normal.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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