quinta-feira, novembro 21, 2024
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Nigéria deve proibir negociações P2P de criptomoedas

A Nigéria, um dos maiores países da África, está em uma batalha intensa com a indústria de criptomoedas. O Conselheiro de Segurança Nacional do país está se preparando para banir as negociações P2P, ou ponto-a-ponto. Esse tipo de negociação é popularmente conhecida como negociação de criptomoedas que ocorre diretamente entre o vendedor e o comprador, sem um intermediário.

Nigéria pode ter em breve uma lei sobre o tema

Portanto, o país vê essa decisão como uma resposta ao aumento da popularidade das criptomoedas. No entanto, o governo nigeriano considera essas negociações uma ameaça à segurança nacional. 

Várias corretoras já foram banidas na Nigéria e a situação se agravou quando dois executivos da Binance, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, foram presos após uma visita ao país.

Bayo Onanuga, conselheiro do presidente nigeriano Bola Tinubu, tem sido uma voz ativa contra as criptomoedas. Ele afirmou que os investidores de criptomoedas estavam prejudicando a moeda local, a naira. 

Mas é importante notar que os problemas da naira nigeriana são mais antigos que o próprio Bitcoin, a primeira e mais conhecida das criptomoedas.

Por isso a Nigéria está mirando no mercado P2P. Uma fonte anônima revelou que um projeto de lei será divulgado em breve. Há dois meses, corretoras como a Binance já haviam removido os serviços de P2P para usuários nigerianos.

A inflação na Nigéria está em alta, atingindo 33,2% no último relatório. Então, não é surpresa que os nigerianos estejam buscando refúgio nas criptomoedas. A situação da naira nigeriana em relação ao dólar americano torna essa realidade ainda mais evidente. 

Mas a luta da Nigéria contra as criptomoedas continua e a questão é: até quando? Afinal, as criptomoedas oferecem uma alternativa para a população em meio à instabilidade econômica. Ainda assim, o futuro das criptomoedas na Nigéria permanece incerto.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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