quinta-feira, novembro 21, 2024
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Nubank anuncia com B3 lançamento de dois novos ETFs

Na última segunda-feira (15), a Nu Asset, plataforma de investimentos do Nubank, em parceria com a B3, anunciou o lançamento de dois novos ETFs: HIGH11 e LVOL11. Esse lançamento ocorre logo após o banco aderir à Lightning Network do Bitcoin.

B3 começa a negociar ETFs

O diretor-executivo da Nu Asset, Andrés Kikuchi, foi quem fez o anúncio. Ele destacou que ambos são os primeiros índices Smart Beta do Brasil, derivados de um índice amplo para um mais restrito e temático. O investimento mínimo nos ETFs é de R$ 100, com uma taxa de administração de 0,5%.

Os ETFs começam a ser negociados na B3 a partir da próxima terça-feira (16). Eles seguem índices desenvolvidos conjuntamente pelas duas instituições. Esses novos fundos permitem investir em ações de baixa volatilidade (LVOL11) ou em papéis que potencializam o retorno em momentos de alta da Bolsa, ainda que com maior risco histórico (HIGH11).

O Ibov Smart Low Volatility B3, que referencia o ETF LVOL11, foi desenvolvido para refletir uma carteira com um terço das ações de menor volatilidade do índice Ibovespa B3. Utilizando uma abordagem de cálculo de risco (EWMA), amplamente aplicada no mercado financeiro, suaviza as flutuações de mercado.

Caso existisse desde 2003, o novo índice teria reduzido, em média, 20% da volatilidade em comparação ao Ibovespa B3, aumentando o retorno acumulado em mais de 850%, segundo levantamento retroativo feito pela B3 e Nu Asset.

O Ibov Smart High Beta B3 compõe o ETF HIGH11. Dessa forma, a seleção inclui um terço das ações do Ibovespa B3 com maior Beta, indicando a sensibilidade do ativo.

Ou seja, para os papéis selecionados, calcula-se o Beta médio ao longo de um ano, comparando com o retorno do Ibovespa B3, dentro de três anos. Isso revela a volatilidade das empresas – as com maior Beta tendem a oscilar mais em relação à média do índice.

Razões para o crescimento das ETFs no Brasil

Então, em testes, aplicando a metodologia desde 2006, o Beta atingido pelo Ibov Smart High Beta B3 foi 1,2 vez em relação ao Ibovespa B3, oscilando 20% mais. Em momentos de oscilação positiva, o novo índice foi 1,4 vez superior ao Ibovespa B3.

Kikuchi afirmou que a visão era criar algo em conjunto, partindo do Ibovespa, mas com um índice Smart. Ele busca retorno acima do benchmark do mercado e até mesmo do Ibovespa. Ambos os ETFs têm como referência ativos do mercado tradicional. 

Ele listou quatro gatilhos para o crescimento dos ETFs no Brasil:

  1. Evolução da regulamentação, com as CVMs 175 e 179, trazendo mais transparência e segurança para os investidores.
  2. Digitalização das plataformas de investimentos, facilitando o acesso aos ETFs.
  3. Participação crescente dos investidores institucionais, impulsionada pela eficiência em custos e liquidez.
  4. A busca por alfa no mercado de capitais, com ETFs competindo de maneira eficiente.

Assim, Kikuchi também destacou que a Nu Asset conta com quatro famílias de fundos, com cerca de R$ 3,5 bilhões em ativos sob gestão, divididos em fundos de crédito, fundos de ações e soluções de portfólio.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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