O uso de criptomoedas cresce como alternativa para pagamentos cotidianos. Em 2023, movimentaram US$ 1,62 bilhão, e devem atingir US$ 4,81 bilhões até 2030, um salto de 200%. Hoje, há 32.647 estabelecimentos e caixas eletrônicos que aceitam criptomoedas.
Esses estabelecimentos estão espalhados por todos os continentes, de acordo com dados do CoinMap, acessados em novembro de 2024.
Portanto, esses dados evidenciam como as moedas digitais estão ganhando espaço no mercado global. As criptomoedas são cada vez mais aceitas em farmácias, restaurantes, hotéis e até companhias aéreas.
Redes globais aderem às criptomoedas
Entre os exemplos, destacam-se grandes redes de fast food. O Burger King aceita moedas digitais em países como Alemanha, Holanda e Venezuela. Já a KFC oferece essa opção de pagamento no Canadá, conforme o *Crypto Adoption Report* de 2022, produzido pela Traders of Crypto.
As criptomoedas ganham força por oferecer taxas menores e transações mais rápidas. Para consumidores e empresas, isso significa mais economia e praticidade, impulsionando sua adoção.
O Brasil desponta como protagonista no uso do bitcoin para pagamentos. De acordo com o BTC Map, o país tem três cidades entre as mais adeptas ao uso da moeda digital. Rolante, no Rio Grande do Sul, lidera o ranking global, com 200 estabelecimentos aceitando bitcoin.
Porto Alegre, também no Rio Grande do Sul, ocupa o terceiro lugar mundial, com 112 lojas que aceitam a criptomoeda. São Paulo aparece na oitava posição, com 54 estabelecimentos cadastrados.
O destaque de Rolante, município de apenas 21.300 habitantes, impressiona. O bitcoin é amplamente aceito em lojas de roupas, restaurantes, cartórios, barbearias e até por diaristas. A cidade também organiza o Bitcoin Spring Festival, evento que mistura palestras, gastronomia e música, cuja primeira edição ocorreu em 2023.
Administração pública no Brasil também usa a tecnologia
No Brasil, o uso de criptomoedas também avança no setor público. A prefeitura do Rio permitiu, em 2023, o pagamento do IPTU com moedas digitais, mediante cadastro de empresas especializadas.
O vice-presidente da Binance para a América Latina, Guilherme Nazar, reforça o impacto transformador das criptomoedas: “Estamos apenas no começo de uma nova era de pagamentos. Pois as criptomoedas não são apenas uma alternativa, elas representam uma transformação na forma como as pessoas interagem com o dinheiro no dia a dia.”
A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, destaca que o avanço dessa tecnologia reflete mudanças profundas no mercado financeiro. Dessa forma, com iniciativas pioneiras e crescente adesão no Brasil, o país se consolida como um dos protagonistas dessa revolução mundial.