Na última quinta-feira (25), a Polícia Federal (PF) lançou a operação “Fruto Podre”. A operação tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro com criptomoedas. Essa operação é a segunda fase da operação Terra Fértil. Nessa fase a operação teve desdobramentos em Uberlândia, Minas Gerais.
Criptomoedas movimentavam vários negócios
Os agentes cumpriram mandaram de busca e apreensão em casas de câmbio, residência e três postos de combustíveis. Assim, esses locais funcionam como pontos de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsificação de documentos. Todos esses locais pertenciam a um mesmo foragido da primeira fase da operação.
Esse foragido ainda não foi encontrado, mas já está com mandado de prisão preventiva. A suspeita é de que o foragido tenha fugido para o Paraguai. A PF tem indícios de que ele tenha recebido aproximadamente R$ 1 milhão por um sequestro feito em janeiro de 2024.
Histórico da Operação Terra Fértil
A primeira fase da Operação Terra Fértil ocorreu em 2 de julho de 2024. Na ocasião, o alvo foi um grupo criminoso ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Conforme apurado, o grupo negociava cocaína com cartéis mexicanos, movimentando mais de R$ 5 bilhões em cinco anos. Assim, na primeira fase, a PF apreendeu diversos bens, incluindo:
- Carros de luxo
- Relógios de marca
- Charutos cubanos
- Dinheiro em várias moedas (dólares, euros e reais)
- Armas
- Drogas
- Jatinhos particulares
As investigações revelaram que o grupo controlava mais de 100 empresas em setores variados, como construção civil, aviação, locação de veículos, comércio em geral e investimento em criptomoedas.
A PF refora a importância que esse tipo de operação tem no combate às drogas e lavagem de dinheiro. Ou seja, o dinheiro conseguido através desses negócios ilegais servem para financiar crimes ainda maiores. Por isso, o uso das criptomoedas já mostra uma evolução como uma ferramenta moderna para a ocultação de capitais ilícitos.
A Polícia Federal continua as investigações para identificar e desarticular completamente essa rede criminosa que usa criptomoedas para lavar dinheiro.