A Polícia Federal (PF) admitiu não ter informações precisas sobre a quantidade de criptomoedas sob sua custódia. Os ativos, apreendidos em operações policiais, são posteriormente vendidos sob ordem judicial. No entanto, a instituição não soube explicar por que não possui esse controle específico.
Veja a lista com as 10 criptomoedas mais apreendidas pela PF
Em resposta a um pedido de Lei de Acesso à Informação, a Polícia Federal revelou que já apreendeu 291 tipos diferentes de criptoativos, mas não detalhou a quantidade exata de cada um nem os métodos usados para custódia e liquidez desses ativos.
Então, segundo a PF, as informações sobre as apreensões de criptoativos são registradas nos autos dos respectivos inquéritos policiais. Assim, a custódia das operações é descentralizada e decidida pelo presidente do inquérito, sem um controle centralizado específico.
Ou seja, a falta de controle sobre a quantidade de criptomoedas apreendidas pela PF levanta questões sobre a transparência e a segurança desses ativos. Com a crescente utilização das criptomoedas em atividades ilícitas, como pirâmides financeiras, é fundamental que as autoridades responsáveis tenham um controle efetivo sobre esses ativos.
Dessa forma, um exemplo emblemático é o caso da GAS Consultoria, em que a PF apreendeu o equivalente a R$ 209 milhões em bitcoins. No entanto, o dobro desse valor está em uma carteira digital no notebook do principal investigado, o “Faraó do Bitcoin”. Ele se recusa a fornecer a senha de acesso às autoridades.
Portanto, a falta de controle da PF sobre a quantidade de criptomoedas apreendidas e o modo como são custodiadas evidencia a necessidade de uma regulamentação mais clara e eficaz sobre o uso desses ativos em operações policiais.
Pois a transparência e a segurança na gestão desses ativos são fundamentais para garantir a integridade das investigações e o cumprimento da lei.
Veja abaixo as 10 criptomoedas que a PF mais apreendeu:
- BTC
- RIPPLE
- USDT
- ETH
- BUSD
- DASH
- BNB
- MATIC
- DYDX
- TUSD