sexta-feira, dezembro 13, 2024
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Polícia Federal combate comércio ilegal de eletrônicos com uso de criptomoedas

A investigação é um desdobramento da operação Mobile da Polícia Federal, iniciada em abril de 2024. Nessa primeira etapa resultou na prisão de transportadores de mercadorias, principalmente eletrônicos, sem o pagamento de tributos devidos.  

As autoridades revelaram que a organização criminosa estava envolvida em todas as etapas do esquema ilegal. Isso incluía importação, transporte, armazenamento e venda de produtos eletrônicos do Paraguai.  

As atividades contavam com uma ampla rede de atuação e a atuação do grupo ocorria, principalmente, nas cidades:

  • Goiânia (GO)
  • Anápolis (GO)
  • Palmas (TO)
  • Manaus (AM)
  • Confresa (MT)

Polícia Federal descobre influenciadores no esquema  

As investigações revelaram que o grupo possuía uma estrutura organizada, com funções bem definidas para cada membro. Isso permitia a execução coordenada de atividades ilícitas, dificultando a ação das autoridades.  

Um ponto que chamou a atenção foi o envolvimento de influenciadores digitais da área de criptomoedas. Segundo a Polícia Federal, eles ofereciam cursos online ensinando métodos para importar produtos sem pagar impostos e evitar a fiscalização.  

Além disso, as criptomoedas desempenharam um papel essencial no esquema. Elas serviam para ocultar a identidade dos envolvidos e viabilizar movimentações de grandes quantias de dinheiro.  

Por isso, de acordo com as investigações, as empresas ligadas à organização usavam esses ativos digitais para: 

  • realizar transações ilegais 
  • lavar o dinheiro obtido com as atividades criminosas.

Prejuízo bilionário aos cofres públicos  

Os números impressionam. Até agora, as autoridades apreenderam mercadorias avaliadas em cerca de R$ 10 milhões. No entanto, estima-se que o prejuízo causado ao fisco pode ultrapassar os R$ 80 milhões por ano.  

A operação Hidden Circuit reforça o alerta sobre o uso de criptomoedas em atividades ilícitas. Apesar de sua crescente popularidade no mercado financeiro, a falta de regulamentação clara pode tornar esses ativos vulneráveis a crimes complexos como o investigado nesta operação.  

O caso segue em investigação, e as autoridades prometem intensificar as ações para responsabilizar os envolvidos e minimizar os danos aos cofres públicos.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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