quinta-feira, novembro 21, 2024
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Polymarket, plataforma de apostas em cripto, pode encerrar na França

O mercado de criptoativos enfrenta novos desafios com a regulamentação. A Autoridade Nacional de Jogos da França (ANJ) agora investiga a Polymarket, uma plataforma de previsões em criptomoedas. Essa ação reflete a preocupação crescente sobre a presença das criptomoedas no setor de apostas.

Polymarket se popularizou rapidamente

A Polymarket, lançada em 2020, permite apostas em eventos reais com criptomoedas. Na eleição presidencial dos EUA de 2024, movimentou US$ 2,5 bilhões, chamando a atenção das autoridades.

Embora a Polymarket esteja sediada nos Estados Unidos, ela se tornou acessível a pessoas de outros países, como a França. Isso incluiu um trader pseudônimo, supostamente um cidadão francês, que fez apostas milionárias apoiando a reeleição de Donald Trump.

Apostas disfarçadas em criptomoedas

De acordo com a ANJ, mesmo que a Polymarket utilize criptomoedas, ela continua sendo uma atividade de apostas, o que é ilegal na França. William O’Rorke, sócio da ORWL Avocats, corrobora essa visão, afirmando que a plataforma se enquadra na definição de jogo de azar.

Dessa forma, a ANJ está examinando a operação da Polymarket e sua conformidade com as leis francesas de jogos de azar. O regulador tem o poder de bloquear o acesso à plataforma, caso conclua que ela está infringindo a legislação.

A Polymarket desempenhou um papel significativo na eleição presidencial de 2024 nos EUA, com o CEO Shayne Coplan afirmando que a equipe de campanha de Trump “descobriu que estava vencendo por meio da Polymarket”. Esse envolvimento político adiciona uma camada de complexidade à investigação do regulador francês.

A investigação da Autoridade Nacional de Jogos da França sobre a Polymarket sugere uma possível tendência de fechamento de casas de apostas que utilizam criptoativos.

Portanto, as empresas do mercado de criptoativos que atuam no setor de apostas precisarão se adaptar e buscar a conformidade regulatória. Pois, se isso não acontecer, poderão enfrentar restrições e bloqueios que limitarão seu acesso a determinados mercados.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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