sábado, novembro 23, 2024
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Receita Federal identifica quem sonega imposto sobre criptomoedas com sistema de IA

A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou na última quinta-feira (05), que criou um novo sistema, dentro do Projeto Analytics, que usa inteligência artificial (IA) para rastrear e ‘pegar’ quem sonega imposto com criptomoedas. De acordo com a Receita, o software já está sendo utilizado há algum tempo e tem trazido resultados significativos em diversas áreas da administração tributária.

Inovação na fiscalização das criptomoedas com IA

Criada por auditores fiscais e analistas tributários, a plataforma utiliza algoritmos de inteligência artificial e análise de redes complexas. Ou seja, isso potencializa a análise dos dados fiscais e proporciona um incremento considerável na capacidade de detectar fraudes e ilegalidades. 

Além disso, oferece mais segurança à tomada de decisões e amplia a produtividade da atuação fiscal. A plataforma tem sido apresentada em fóruns internacionais, inclusive, envolvendo administrações tributárias estrangeiras com criptomoedas.

“Com o módulo de cripto, auditores-fiscais têm identificado visualmente empresas noteiras. Essas empresas são criadas basicamente para emitir documentos fiscais, sem comercializar mercadorias ou prestar serviços, com o objetivo de sonegação tributária ou compensação indevida de tributos.” – declarou a Receita Federal. 

A entidade destacou que a combinação de técnicas diversas, incorporadas na plataforma do Projeto Analytics, tem sido relevante para identificar transações suspeitas. Além disso, a plataforma ajuda a identificar indícios de esquemas complexos de sonegação tributária e lavagem de dinheiro com uso de criptomoedas. 

Em outro caso detectado, foi possível constatar um esquema de sonegação fiscal que envolvia também lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas e armas. No total, o sistema movimentou mais de R$ 350 milhões.

Expansão das aplicações da IA na fiscalização

A RFB aponta também que, além dos criptoativos, as oportunidades de aplicação dessa tecnologia são diversas. A julgar pelos resultados já alcançados, essas oportunidades devem crescer ainda mais. 

Irregularidades tributárias na importação e uso de grupos econômicos são um foco. A equipe desenvolveu um módulo na plataforma que processa estruturas complexas de grupos econômicos e redes de empresas. Dessa forma, a identificação de padrões suspeitos fica mais fácil.

Então, especialistas avaliam os casos e, em seguida, auditores-fiscais aprofundam a fiscalização. Este e outros módulos também operam na zona primária, permitindo identificar indícios de fraude a partir de relacionamentos entre empresas importadoras.

Portanto, o sistema facilita a comunicação com os contribuintes, gerando gráficos e relatórios claros sobre problemas nas demonstrações de resultado. Assim, as análises se tornam mais coordenadas e abrangentes, melhorando a eficiência das iniciativas conjuntas.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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