sexta-feira, outubro 18, 2024
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“Sheik dos Bitcoins” é condenado a mais de 50 anos de prisão

A Justiça Federal condenou Francisley Valdevino da Silva, o “Sheik dos Bitcoins”, a 56 anos de prisão. O empresário foi acusado de liderar fraudes com criptomoedas que afetaram milhares de investidores em Curitiba e milhões de reais desviados.

Condenação de outros envolvidos

Além de Francisley, outras cinco pessoas também foram condenadas. Suas penas variam entre 11 e 48 anos, sendo mais brandas porque, segundo a Polícia Federal (PF), o “Sheik dos Bitcoins” era o líder da organização criminosa.

A Justiça condenou Francisley por crimes como fraude financeira, apropriação de dinheiro, negociação de títulos sem registro e ocultação de bens. As autoridades prenderam Francisley em 2022, mas o liberaram em junho de 2023.

Contudo, a liberdade não durou muito. A PF afirmou que Francisley retomou suas atividades ilegais com o apoio de ex-colaboradores, o que violou as medidas cautelares impostas pela Justiça. Com isso, o juiz Nivaldo Brunoni determinou sua nova prisão, mantendo-o encarcerado enquanto o processo prossegue.

O funcionamento do esquema do “Sheik dos Bitcoins”

Francisley operava um esquema elaborado para enganar investidores. Ele usava palestras para atrair vítimas, apresentando depoimentos falsos de pessoas que afirmavam ter enriquecido investindo em criptomoedas através de sua empresa. A promessa oferecia retornos exorbitantes, de até 2,8% ao dia, com a duplicação do capital em seis meses.

No entanto, como em muitos esquemas de pirâmide, os criminosos desviavam o dinheiro para suas próprias contas. Em vez de investir, os recursos serviam para financiar o estilo de vida luxuoso de Francisley e seus comparsas.

Colapso do esquema e impacto nas vítimas

O esquema desmoronou quando os pagamentos prometidos pararam. A PF revelou que vítimas incluem figuras famosas como Sasha Meneghel, que perdeu R$ 1,2 milhão, além de jogadores de futebol.

A operação da PF teve apoio da Interpol e autoridades americanas, que investigaram prejuízos de R$ 30 milhões para vítimas nos Estados Unidos.

No Brasil, o rombo foi ainda maior, com estimativas de cerca de R$ 4 bilhões em danos. As vítimas brasileiras continuam cobrando as empresas envolvidas, mas ainda não conseguiram recuperar seu dinheiro.

O caso do “Sheik dos Bitcoins” teve grande repercussão, afetando não só investidores comuns, mas também figuras de destaque no mundo das celebridades e do esporte.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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