sábado, novembro 23, 2024
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Suriname é mais um país que pode adotar o Bitcoin como moeda oficial

Mais um país espera adotar o Bitcoin como moeda oficial, o Suriname. O anúncio foi feito por Maya Parbhoe, candidata à presidência. A declaração ganhou repercussão e vem num momento onde a Argentina pensava em fazer a mesma coisa, mas, ao que parece, o Suriname acabou superando a Argentina nessa iniciativa. Pois, embora Javier Milei, presidente da Argentina, seja um grande defensor do Bitcoin, ainda não foi feito nenhum anúncio com esse plano por lá.

Bitcoin é alternativa ao sistema financeiro tradicional

Assim, Parbhoe, em maio de 2024, já havia manifestado seu otimismo com a criptomoeda. Ou seja, ela acredita que o Bitcoin pode ser a solução para a crise financeira que afeta Suriname. 

É claro que o que aconteceu em El Salvador, que se tornou o primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda legal em 2021, serviu de inspiração. Dessa forma, a candidata argumenta que a implementação do Bitcoin pode acarretar de mudanças significativas. 

“Somos um país muito pequeno e com uma população menor podemos realizar mudanças mais rapidamente do que Bukele em El Salvador.” – disse Parbhoe.

A população reduzida de Suriname, com cerca de 600 mil habitantes, pode ser um facilitador. Para se ter uma ideia, El Salvador, tem aproximadamente 6,3 milhões de habitantes e o Nayib Bukele, presidente do país, enfrentou grandes desafios para introduzir o Bitcoin como moeda oficial. 

Outro ponto forte da campanha de Parbhoe é sua crítica ao sistema financeiro tradicional. Acreditando no potencial transformador do Bitcoin, ela defende sua implementação como base para um novo sistema financeiro em Suriname. A criptomoeda poderia proteger a economia local da inflação crescente do dólar surinamês (SDR).

Parbhoe, ao analisar o surgimento do Bitcoin em 2008, compara a situação econômica atual dos Estados Unidos à decadência do Império Romano. Ele questiona a relevância do dólar surinamês, com sua inflação de 50-60%, e propõe uma alternativa de troca.

Salários e reservas em Bitcoin

A candidata visa permitir que os cidadãos recebam seus salários em Bitcoin, enquanto incentiva as empresas a acumularem a criptomoeda como reserva de valor. Ela acredita que isso não só protegerá os rendimentos da inflação, mas também proporcionará uma reserva de valor mais estável.

Parbhoe também destacou a importância de criar um marco regulatório adequado para o ecossistema digital. Além disso, ela planeja uma campanha nacional para educar a população sobre o Bitcoin e as criptomoedas. “Proponho fazer de Suriname a casa da inovação do Bitcoin”, declarou. Ela acredita que, com o conhecimento adequado, os cidadãos estarão mais bem preparados para trabalhar e entender o funcionamento da indústria de criptomoedas.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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